Guiñazu, o sapato velho…

 

_ Vi muita coisa errada aqui no ano passado, mas como estava chegando, e tive a infelicidade de me machucar, pouco pude fazer. Mas este ano vai ser diferente. Quem não fizer as coisas certas, não vai ficar. E quem vai fiscalizar e cobrar é o próprio grupo. É importante que todos saibam que a estrela aqui é o Vasco. E o Vasco somos todos nós…

Foi mais ou menos esse o discurso do argentino Pablo Guiñazu, de 35 anos, numa das primeiras reuniões com os companheiros em 2014 visando à preparação psicológica do time.

E quem presenciou a cena percebeu a energia contagiante.

Com o olhar firme que passava a tropa em revista e a voz moderada, sem a necessidade de alteração no tom, o mostrou conhecer os bastidores do vestiário de São Januário.

Sem citar nomes, cobra o cuidado com a alimentação e a aplicação nos treinos na presença de todos.

E, em campo, exige atenção e seriedade o tempo todo.

Por mais que não seja um primor de volante, daqueles que nos enche os olhos pela destreza e a capacidade de organizar o jogo, Guiñazu pode realmente exercer liderança importante para o Vasco _ principalmente agora com a aposentadoria de Juninho.

E principalmente também se melhorar a qualidade do passe.

Ele, que se machucou logo na estreia com a camisa do clube, num clássico contra o Botafogo, coincidentemente o mesmo adversário deste domingo, encarna o espírito deste time sem estrelas que está sendo montado por Adílson Batista e tem um currículo vitorioso, com quatro títulos estaduais e três sul-americanos _ só com a camisa do Internacional.

Ou seja: por ora, é sapato velho em pés descalços.

E, ao que parece, do tamanho exato para as necessidades do Vasco…

Fonte: Coluna Futebol, coisa & Tal – Extra

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