Colégio eleitoral cresce pouco, e Vasco deve ter até 15 mil votantes

Olavo Monteiro de Carvalho - presidente da Assembleia Geral (Foto: Raphael Zarko)

 

Com data ainda indefinida, a listagem geral de votantes nas eleições do Vasco está perto de ser fechada. Polêmicas da adesão do mês de abril de 2013 à parte, hoje, são esperados até 15 mil sócios – quase oito mil não pagantes, sócios remidos, mais sete mil adimplentes – com direito a escolher o novo presidente do clube para o triênio 2014-2015-2016. A lista definitiva só deve ser fechada quando o presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho, convocar a junta eleitoral e começar o jogo da sucessão presidencial, o que deve acontecer em março. O número de eleitores, porém, cresceu pouco: comparado aos 11 mil de 2011, o incremento deve ser de 36% no colégio eleitoral vascaíno.

Este número pode até ser maior, caso os associados de abril de 2013 estejam na lista final de votantes. Esta definição depende ainda do recadastramento promovido pela comissão de sindicância – e pela posterior definição do presidente Roberto Dinamite. Para o presidente da Assembleia Geral, porém, o corte deve ser com os sócios do clube até o fim de março ou, no máximo, início de abril. Olavo guarda a sete chaves o assunto e consulta poucas pessoas para tomar sua decisão. Um deles é o ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube, o advogado e grande benemérito do Vasco José Carlos Osório, com quem o empresário se reúne há algum tempo sobre o tema. Os dois, mais alguns outros nomes, analisam a data do fim de maio ou início de junho para a votação da sucessão presidencial de Roberto Dinamite. Neste caso, haveria uma transposição de datas, que leva em conta um calendário descasado do estatuto – o que acontece desde que a eleição de 2008, realizada por força da decisão judicial.

O presidente da Assembleia Geral pede estudos desde o fim do ano passado sobre o recadastramento dos sócios, o número de votantes e analisa o quadro eleitoral com a entrada de mais de três mil associados no movimento de adesão em massa da oposição – em polêmico processo que teve protagonismo do ex-presidente Eurico Miranda e do ex-vereador Roberto Monteiro, prática que ganhou o apelido de “mensalão do Vasco” nos corredores do clube, conforme depoimento do grande benemérito Otávio Gomes em reportagem publicada pelo GloboEsporte.com em outubro do ano passado. Antigo rival de Eurico, Olavo tenta se cercar de todas maneiras para impedir o sucesso de qualquer medida judicial – o que todos consideram inevitável por parte do grupo do ex-presidente da Justiça.

No fim da semana passada, com a lista atualizada entregue pela empresa Microtag, a companhia terceirizada que promoveu a chamada “higienização” na lista de associados do Vasco, Olavo reuniu-se com membros da diretoria para discutir a data. O primeiro passo deve ser a convocação da junta eleitoral, em março. Com cinco poderes reunidos, o presidente da Assembleia (Olavo), o presidente administrativo (Roberto Dinamite), o do Conselho Fiscal (Hélio Donin), o do Conselho de Beneméritos (Eurico Miranda) e o do Conselho Deliberativo (Abílio Borges), a expectativa é de que o empresário passe com três votos a dois – contra apenas Eurico e, possivelmente, Abílio – na junta para publicar em abril o edital de convocação para as eleições 60 dias depois. As eleições seriam em junho.

Se o Casaca! quer eleições em julho ou agosto, há outros interesses para estender o mandato de Dinamite. Muitos vice-presidentes recém-nomeados pelo presidente defendem que o pleito seja empurrado para novembro, até para regularizar de uma vez por todas o calendário eleitoral vascaíno. Sendo assim, Dinamite também seria beneficiado com a exposição para a sua tentativa de se reeleger deputado estadual nas eleições deste ano. Resta saber o que o presidente da Assembleia Geral pensa disso tudo.

Fonte: GloboEsporte.com

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