Era Nenê: camisa 10 participou de 57% dos gols do Vasco desde que chegou

– Não lembra disso não, deixa isso quietinho.

Foi assim que Jorginho reagiu ao ser lembrado que Nenê vem atuando com dois cartões amarelos há oito rodadas. Como se pudesse esquecer. O camisa 10 do Vasco não é só o melhor jogador do time nessa reação contra o rebaixamento, mas também responsável direto por nada menos que 57% dos gols desde que chegou a São Januário – oito saíram com a canhota apurada do meia-atacante direto para as redes e outros quatro foram com assistências dele. Com Nenê, o time tem média de um gol por partida. Foram 21 gols em 21 jogos em que o Vasco contou com o camisa 10 em campo.

Se pudesse, aliás, o treinador Jorginho pulava a pergunta sobre o seu 10 pendurado. O técnico riu, levou na esportiva e deixou claro que até chamou a atenção do jogador numa reclamação com o bandeirinha no início do jogo. Ele sabe que não pode perder o jogador de jeito nenhum para o último compromisso, em Curitiba, contra o Coxa. Recentemente, após a vitória sobre o Palmeiras, Nenê teve tratamento intensivo e especial do Caprres. Ele se recuperou plenamente para enfrentar o Corinthians e, mesmos sem brilhar, deu o passe para o gol de Julio César.

Os outros passes para gols foram para Rafael Silva, duas vezes – na Copa do Brasil contra o Flamengo e na partida contra o Palmeiras – e Rodrigo contra a Chapecoense. Analisar outros números dão a dimensão da importância do jogador para o Vasco. Nenê lidera as estatísticas do Vasco em todos quesitos ofensivos. De acordo com levantamento do site Footstats, o camisa 10 é quem mais finaliza certo – 25 bolas para o gol – e errado – 30 para fora, é também quem mais dá o último passe para as finalizações do time – são 45 passes para os companheiros tentarem o gol. Andrezinho, companheiro na armação das jogadas, tem 28 passes para finalizações.

Neste fim de semana, o seu gol logo no início deu tranquilidade ao time. Jorginho após a partida lembrou que o camisa 10 sempre tem uma carta na manga. O jogador também ajudou bastante na marcação, dividindo bolas e correndo até mais do que de costume. Normalmente, como o próprio Nenê lembrou durante a semana, os companheiros de meio de campo preferem vê-lo se desgastando menos para que esteja inteiro para o ataque.

– Estou há pouco tempo em São Januário, mas já criei uma forte identificação com o Vasco e sua grande e fanática torcida. Ser o capitão do time, na ausência do Rodrigo, foi uma honra enorme – disse o camisa 10, em comunicado da assessoria de imprensa do clube.

Fonte: GloboEsporte.com

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