Pela amizade: Flu ignora pressão da torcida e jogadores trocam contatos

Quem diria que depois de todos os acontecimentos e divergências ao longo do ano, o Vasco precisaria do Fluminense para permanecer na Série A?

No próximo domingo, dia da última rodada do Campeonato Brasileiro, o Cruz-Maltino terá de vencer o Coritiba fora de casa, torcer para que o Avaí não derrote o Corinthians e que o Figueirense não ganhe do Fluminense. Já surgiram, em redes sociais, diversos pedidos de “entrega” por parte dos tricolores, algo que já foi prontamente descartado. Mas a questão vai além.

Por mais que haja pressão por parte da torcida, também existe amizade entre os jogadores. O volante Diguinho e os meias Andrezinho e Nenê, por exemplo, nutrem boa relação com alguns atletas tricolores. Principalmente Diguinho, que vestiu a camisa do Flu entre 2009 e 2014 e é amigo pessoal dos líderes elenco do rival, como Fred, Diego Cavalieri, Jean e Gum. Em São Januário, ninguém descarta um contato informal entre eles para garantir a motivação em Florianópolis, apesar de o Flu não almejar nada no Brasileirão.

Por mais incrível que possa parecer, também existe um bom canal entre dois dirigentes, um de cada lado. O gerente de futebol do Vasco, Paulo Angioni, trabalhou no Flu, ano passado. Ele comandava o futebol do clube ao lado de Mário Bittencourt, vice de futebol desde então. Os dois nutrem amizade até hoje, apesar do relacionamento institucional entre os clubes ser péssimo. Por isso, é esperado um contato, também informal, entre os dirigentes.

Na segunda-feira, a assessoria de imprensa do Fluminense informou que Mário Bittencourt vai conceder entrevista coletiva nesta manhã. Todos os contatos da imprensa com o elenco estão suspensos até domingo. Até a partida, apenas o dirigente e o técnico Eduardo Baptista vão falar.

Na reta final do Brasileirão, o meia Vinícius, do Flu, causou polêmica ao dizer, antes da derrota para a Chapecoense, que a “torcida ficaria feliz se perdesse”. A atitude foi reprovada internamente e externamente. Semana passada, porém, o Flu venceu o Avaí e ajudou o rival cruz-maltino.

TRICOLORES GARANTEM MOTIVAÇÃO

No lado do Fluminense, o discurso é de que não existe qualquer chance de entrar sem motivação para que o Vasco acabe rebaixado para a Segunda Divisão. Logo depois do empate com o Internacional, domingo, no Maracanã, o lateral-direito Wellington Silva tratou de deixar claro o empenho contra o Figueirense, independentemente do Cruz-Maltino:

– Agora vamos pensar em 2016, mas não podemos esquecer que ainda temos uma partida e precisamos vencer para terminar o ano bem. Nosso pensamento é vencer o Figueirense. Se alguém entrar com o pensamento diferente disso é melhor nem jogar. Não quero saber o que o Vasco vai achar ou não. Sempre que eu entro em campo é para dar a vida pelo meu time.

O zagueiro Marlon, que passou pelas categorias de base do Vasco antes de chegar ao Fluminense, também reforçou o desejo de vencer no Sul.

– Costumo dizer que todo jogo é uma final e que temos que vencer sempre. Os torcedores comentam e pedem para entregarmos, mas não tem nada disso. Queremos vencer, esse será o último jogo do ano e o nosso desejo é deixar uma boa impressão – comentou o defensor tricolor.

Fonte: LANCENET!

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