Razão e emoção: Jorginho mistura sentimentos em 100 dias no Vasco

São 22 jogos e cerca de 40 entrevistas coletivas desde que chegou a São Januário. A guerra contra o rebaixamento também é midiática e vivida no discurso do dia a dia, nas palavras que chegam aos torcedores vascaínos, ávidos por uma liderança positiva que é o técnico Jorginho. O GloboEsporte.com analisou a participação do treinador em conferências de imprensa antes e depois das partidas do time sob seu comando. Jorginho misturou a razão e a emoção em frases e palavras escolhidas. Seja de cabeça fria antes de um jogo importante, sereno após uma vitória, abatido, depois das derrotas, e até com moderada euforia na reação vascaína.

A nuvem de tags – espécie de palavras-chaves – aponta para confusão de sentimentos nas cinco principais expressões usadas pelo treinador. “Momento”, “acredito” e algumas variações – acreditar, acreditando -, “situação”, “difícil” e “objetivo” formam o top 5 do treinador do Vasco em três meses e meio de trabalho em São Januário – ou mais de 100 dias no comando do time, sempre debaixo da pressão da zona de rebaixamento.

O discurso confiante do treinador chama a atenção desde o primeiro dia. Quando foi apresentado no dia 17 de agosto – no aniversário do ex-lateral tetracampeão do mundo em 1994 -, Jorginho enfatizava a crença na virada, citando inclusive os 4 a 3 da final da Mercosul de 2000, em sair da zona de rebaixamento, repetindo “certeza”, “desafio” e “trabalho”, num pronunciamento otimista. Os jogadores compraram o discurso de Jorginho e, após as primeiras quatro derrotas seguidas no Brasileiro, reagiram na competição, tornando possível chegar na última rodada com chances.

Além das cinco palavras destacadas acima, também na arte em cima da foto do treinador, outras expressões muito repetidas por Jorginho em todo esse período no Vasco foram “possível” – palavra citada mais de 15 vezes -, “potencial” – 13 vezes – “não desistir” – com menções após o início negativo e também na derrota para o Fluminense no clássico – e “grupo”, chamando a responsabilidade para todos jogadores, reforçando confiança nos atletas. Entre os jogadores, os mais citados foram Rafael Silva, Nenê e Rodrigo. Neste caso, varia de acordo com o destaque dos jogadores e a pergunta dos jornalistas em coletivas de imprensa.

Mas Jorginho também reclamou e chamou a atenção de jogadores – reclamando mais de 10 vezes a palavra “erro” ou variáveis -, além de chiar bastante contra a arbitragem. Falou nove vezes “cartão”, outras nove em “pênalti”, “árbitro” e também considerou “absurdos” as falhas da arbitragem contra o Vasco na série de empates em meio à reação.

Fonte: GloboEsporte.com

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