Estaduais enganam? Maioria dos campeões terminam ano sem ter o que festejar

Os torcedores que comemoram o título estadual de seus clubes em 2015 terminaram o ano com gosto amargo, na maioria dos casos. O desfecho das competições no segundo semestre fez com que o clima de festa abrisse caminho para a frustração para vários deles.

O principal exemplo disso é o Vasco. O empate sem gols com o Coritiba na última rodada do Brasileiro decretou o terceiro rebaixamento do clube à Série B nos últimos sete anos. Algo que nem a lembrança da conquista do Campeonato Carioca sobre o Botafogo é capaz de amenizar.

Outro campeão estadual que terminou o ano rebaixado foi o Goiás. Em Santa Catarina, quem comemorou no primeiro momento foi o Joinville. Mas a punição do STJD ao clube por escalação irregular do jogador André Krobel acabou dando o título ao Figueirense.

De qualquer maneira, ambos tiveram um fim de temporada complicado. O Joinville caiu para a Série B com duas rodadas de antecedência. O Figueirense se livrou, mas só depois da vitória sobre o Fluminense no último jogo. Ausente das finais do estadual, a Chapecoense teve campanha melhor que os dois rivais no torneio nacional: terminou em 14º, com 47 pontos. Já o Avaí foi mal nas duas competições. Brigou contra o rebaixamento no Catarinense, mas escapou. No Brasileiro, não.

No Rio Grande do Sul, quem festejou o título foi o Internacional. Mas as coisas começaram a dar errado para o clube depois disso, especialmente em comparação ao Grêmio. Depois de ser eliminado da Libertadores, o clube do Beira-Rio foi derrotado no Gre-Nal do primeiro turno do Brasileiro por 5 a 0. Apesar da reação nas últimas rodadas, terminou o campeonato na quinta posição, sem vaga na Libertadores. Ao contrário do rival, que foi o terceiro.

As coisas se inverteram também em São Paulo. O Santos foi campeão paulista contra o Palmeiras, mas sofreu o troco no reencontro com o rival na final da Copa do Brasil. Além do revés, acabou o Brasileiro em sétimo lugar e sem vaga na Libertadores, ao contrário dos seus outros três rivais estaduais.

Na Série B, o cenário se repetiu para o tradicional Bahia. Após ser rebaixado para a Série B em 2014, o time passou por uma reformulação em seu quadro diretivo e começou bem o ano com título estadual e disputando a final da Copa do Nordeste. Porém, quando muitos esperavam a equipe como favorita ao acesso, o que se viu foi o time tricolor permanecendo mais uma temporada na Série B e o rival Vitória conseguindo o retorno à elite.

O campeão cearense Fortaleza também não conseguiu êxito na Série C e foi eliminado pelo Brasil de Pelotas na 2ª fase.

Exceções são poucas

Na Série A, a exceção em meio a isso tudo é o Campeonato Mineiro. O Atlético-MG foi campeão e terminou o ano em segundo lugar no Brasileiro, classificando-se com antecedência para a Libertadores. Já o Cruzeiro nem sequer foi à decisão do estadual e chegou a ficar próximo da zona de rebaixamento na competição nacional. Reagiu no fim, mas não passou do oitavo lugar.

Na Série B, quem teve um ano primoroso foi o Santa Cruz. Além do título pernambucano, a equipe conseguiu o tão desejado retorno à elite após nove anos da última queda, em 2006. Na Série D, os campeões estaduais que tiveram o que festejar no fim do ano foram River-PI e Remo, que disputarão a terceira divisão no próximo ano.

Fonte: UOL Esporte

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