Frente única de oposição emperra, e grupos procuram rumo no Vasco

Com a perspectiva frustrada de lançamento ainda neste ano, a Frente de Oposição Vascaína estacionou e pode não sair do lugar tão cedo. A proposta, discutida em reunião num clube português da Tijuca em julho, era procurar união das correntes políticas contrárias à administração Eurico Miranda com pensamento nas eleições de 2017. Porém, divergências de ideias, de postura e discussões de lideranças representativas afastaram a Cruzada Vascaína e Julio Brant, que foi candidato da “Sempre Vasco”, segundo colocado com mais de 1.500 votos nas eleições de novembro do ano passado.

A intenção dos grupos de oposição era caminhar juntos até o próximo pleito, conquistando também a adesão de Roberto Monteiro, candidato da “Identidade Vasco”, que terminou em terceiro lugar no pleito do ano passado, e de outras correntes minoritárias. As diferenças entre os grupos puderam ser notadas em notas oficiais separadas que a Cruzada e a “Sempre Vasco” divulgaram após o rebaixamento. Houve divergência desde o resultado da eleição de novembro do ano passado. Havia discussões sobre entrar na Justiça para contestar o resultado das eleições. Julio Brant, candidato na última eleição, também enfrenta resistência dentro da Cruzada Vascaína, que quer candidatura própria. A Cruzada tem a maioria das 30 cadeiras do Conselho Deliberativo da oposição.

Julio Brant considera saudável a existência de grupos distintos e trata com naturalidade o distanciamento, que considera temporário. Para ele, houve precipitação em projetar o lançamento da Frente de Oposição Vascaína poucos meses depois da eleição.

– Acho que foi prematuro naquele momento (a reunião para o lançamento). Ainda vivíamos aquele rescaldo da eleição, era um ano conturbado, difícil no futebol e ainda não sabíamos o que esperar do mandato do Eurico. Houve divergências de ações muito grandes e resolvemos parar ali. A gente viu que poderia gerar desgaste desnecessário – disse Brant, ressaltando que tem “alinhamento estratégico, filosófico e de programa” com a Cruzada Vascaína.

Novo presidente da Cruzada Vascaína, João Amorim, que foi membro do Conselho Fiscal pela oposição na gestão Roberto Dinamite, prioriza o fortalecimento do grupo, buscando novas adesões internas, e as reuniões de planejamento para as próximas eleições.

– Começaremos 2016 conversando com todo mundo, mas temos definido que queremos botar de pé uma candidatura da Cruzada. Vamos construindo e ver como a gente evolui – comentou Amorim.

Representante da oposição no Conselho Fiscal, Diego Carvalho criticou, em carta aberta aos vascaínos, a carência de quadros na atual administração do clube e também a gestão de Roberto Dinamite. Membro da Cruzada, ele deixou mensagem afirmando que não é hora de pensar nas eleições de 2017.

– Há dois anos da nova eleição, acredito que é hora de pensar em somar forças para reconstruir o nosso Vasco. Quero deixar claro que meu primeiro objetivo é somar esforços para tirar o Vasco dessa situação e não tenho preocupações eleitorais antecipadas – dizia um trecho da mensagem do membro do Conselho Fiscal.

Fonte: GloboEsporte.com

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