Há 73 anos, nosso clube presenteava à nação o Avião Vasco da Gama

A história é conhecida de todos! Após o oferecimento de um poderoso telescópio pelo saudoso Joaquim Pereira Ramos à Marinha Brasileira, e da participação vascaína na campanha do pró-avião Pax, Cyro Aranha começou uma empreitada exclusivamente vascaína para a doação de um avião às nossas Forças Armadas. Seria o Avião Vasco da Gama.

Para isso criou-se a comissão da qual participaram o Professor Castro Filho, Eurico Serzedelo, Rufino Ferreira, Arthur da Fonseca Soares (Cordinha), Lauro da Costa Rebelo, Bernadino Buentes, José Teixeira, Moacyr Siqueira Queiroz, José Ribeiro de Paiva (Almirante) e João Lamosa.

Presidiu a comissão o “Almirante” que contando ainda com a ajuda dos grandes vascaínos “Cordinha” e Lamosa, providenciaram a confecção de distintivos de lapela com a inscrição “Avião Vasco da Gama”, ofertada aos contribuintes. Ao cabo de 20 dias a meta da arrecadação já havia sido ultrapassada.

A cerimônia de entrega do avião à FAB foi realizada no estádio São Januário, a 10 de dezembro de 1942, na preliminar da final do campeonato brasileiro de seleções, disputada entre o Distrito Federal e São Paulo.

Participaram do evento de entrega o dr. Pedro Calmon, que por designação do Ministro da Aeronáutica, recebeu a doação em favor do Aeroclube de Salvador-BA para a instrução de novos pilotos, bem como do paraninfo e vascaíno de longa data, Joaquim Fagundes Leal que batizou a aeronave.

José da Silva Rocha (Rochinha), ex-presidente e emérito historiador vascaíno, deixou registrado em artigo publicado no jornal A Noite, o relato emocionado do Professor Castro Filho acerca desse precioso evento:

“Eu me sentia desligado daquela praça verde, palco de lutas desportivas gigantescas. O meu pensamento vagueava por outras paragens: o campo de lutas sangrentas e irreparáveis em que, naquela hora, por certo, preliavam, como heróis, muitos dos nossos atletas, tantos dos moços que ali receberam as primeiras lições de coragem e de civismo. O meu olhar turvado de lágrimas, estava preso aos graciosos movimentos do Pavilhão Nacional do grande mastro. Parecia-me ver nesse ondular de verde e ouro o aceno protetor e amigo do reconhecimento; eu via a Bandeira do Brasil a acenar para todos, como se lhes dissesse comovida: – Obrigada, Vasco, muito obrigada vascaínos; Deus vos conserve esse grande, esse imenso coração!”

Equipe do Centro de Memória

Fonte: VASCO.com.br

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