Nem o rebaixamento abala a moral de Eurico nos bastidores do Vasco

No que diz respeito ao futebol, as coisas no Vasco se acalmaram. Nas primeiras semanas após o rebaixamento, o clube estava em ebulição, com reformulação do elenco projetada e mudanças na comissão técnica. Porém, nos bastidores, se alguém esperava que a influência de Eurico Miranda diminuísse após a queda, nada aconteceu. A autoridade do presidente cruz-maltino, que chegou a afirmar em outros tempos que, com ele no comando o time não cairia, segue inabalada.

O que explica esse apoio incondicional é o panorama político em São Januário. Além, naturalmente, da história quase sempre vencedora do mandatário. Tanto no Conselho de Beneméritos, quanto no Conselho Deliberativo, Eurico tem esmagadora maioria de apoiadores. Nem o que ele próprio chamou de “mancha irreparável no currículo” de dirigente abala as relações. Atritos ocorrem, é claro, mas nada significativo.

A relação de Eurico com José Luis Moreira, vice-presidente de futebol, ficou estremecida. Mas isso aconteceu por causa da demissão de Paulo Angioni, ex-gerente de futebol, que o eterno braço direito do presidente pediu licença. Fora essa baixa, nenhum movimento nos bastidores aponta para mudança de rumos na política cruz-maltina. A oposição vive encurralada numericamente.

No Conselho Deliberativo, como resultado da última eleição, são 120 membros da situação e 30 da oposição. No Conselho de Beneméritos, quase todos os 150 sócios apoiam Eurico incondicionalmente. Cenário que dificulta a efetividade das ações de quem é contra.

– Politicamente, vivemos, há muitos anos, em ambiente de grande hostilidade e falta de diálogo e entendimento interno. Enquanto seguirmos sem compreender que estamos presos a um ciclo vicioso de autodestruição, não avançaremos, infelizmente. Sabemos das muitas dificuldades, mas estamos determinados a dar um rumo novo ao Vasco. Seguiremos firmes na luta nos próximos dois anos – afirma João Marcos Amorim, presidente da Cruzada Vascaína, que faz a oposição.

Nas últimas votações do Deliberativo, por exemplo, as alegações contrárias não têm convencido os integrantes do Conselho a mudarem de posição. Os sócios ou não do clube continuam vendo no presidente uma figura soberana. A calmaria nos bastidores, então, dá a tônica no Vasco neste fim de ano e há boas chances de se manter por todo o mandato de Eurico Miranda, que termina apenas em 2017.

Fonte: Lance

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