Maxi López não teve pena. Nem de César, do Flamengo, nem dos outros cinco goleiros que ficaram frente a frente com o atacante em cobranças de pênalti. A precisão que o argentino mostra nas batidas serve de contraponto ao momento ruim que atravessa com a camisa do Vasco. Se não fosse por ela, o atacante estaria na marca da cal. O aproveitamento é de 100% – seis batidas e seis gols. O número é daqueles que inspiram a manjada analogia: quem é de ver o copo meio vazio lembra que Maxi López tem nove desde que chegou ao Vasco e que, se não fossem as cobranças de pênalti, sua efetividade, como centroavante e principal responsável pelos gols, seria de três em 26 jogos. A forma física a desejar do camisa 11 não é negada pelo técnico Alberto Valentim. Ela não impede o argentino de ter a frieza e a técnica necessária nas cobranças – Maxi varia a direção do chute e costuma deslocar o goleiro, tanto que apenas dois conseguiram pular no canto certo. Raio-X das cobranças de pênalti de Maxi López pelo Vasco Raio-X das cobranças de pênalti de Maxi López pelo Vasco Entretanto, o mau momento se reflete nos gols e também nas assistências. Foram seis passes para gol ano passado, na disputa do Brasileirão. Este ano, apenas uma, contra o Juazeirense, pela Copa do Brasil. – O Maxi está se empenhando mais para entrar em forma, se dedicando mais, e precisamos muito dele. Ele não foi brilhante e nós temos de criar, mas participou bastante do jogo contra o Flamengo. Ele colocou toda sua qualidade na frieza para cobrar o pênalti – afirmou o técnico Alberto Valentim.

Após um ano sem nenhum patrocinador master, o Vasco chegou a um acordo para estampar a marca da BMG na parte nobre da camisa cruz-maltina. As negociações lideradas pelo presidente Alexandre Campello, como o LANCE! já havia noticiado, vão render R$ 8 milhões de reais nesse ano para a equipe e o acordo, apesar de assinado, ainda não foi anunciado oficialmente por conta de debates em cima dos valores de bônus.

LANCE! apurou que, na verdade, o valor acordado entre Vasco e BMG é de R$ 9,5 milhões por ano, mas que, como o contrato foi assinado no terceiro mês do ano, o Vasco só vai receber oito milhões de reais. O valor se explica por uma razão de proporcionalidade feita pelo banco: 9,5 milhões dividido por 12, número de meses de um ano, dá cerca de R$ 791 mil. Portanto, cerca de 1,5 milhão de reais foram ‘cortados’ neste primeiro ano de contrato.

Apesar dessa diferença de R$ 1,5 milhão, os patrocínios do Vasco na atual temporada, mesmo em março, já superam os valores somados do ano passado. O somatório de 2019 indica uma quantia de R$ 18,5 milhões líquidos, enquanto que os de 2018 eram de R$ 13,5 milhões. É importante ressaltar que essa conta não inclui valores de patrocínios pontuais, que duram, por exemplo, apenas uma partida.

Os R$ 5 milhões de diferença podem ser explicados pela presença de um patrocínio master. Apesar do valor do Banco BMG ser menor do que a quantia que o Vasco recebia da Caixa, última patrocinadora master, que era de R$ 11 milhões por ano, é importante ter a parte principal da camisa ocupada. Ainda mais no momento financeiramente instável do país em si, o Cruz-Maltino consegue manter rendas ativas.

O somatório dos dois anos também não inclui o valor da GPI, que é estampada na omoplata do uniforme. A empresa dirige o Colégio Vasco da Gama, com um investimento total de R$ 4,5 milhões por ano, o que faz o Cruz-Maltino economizar esse valor. Como o clube de São Januário não recebe esse valor – já que o GPI tem autonomia para investir diretamente nas escolas -, a quantia não entrou na conta.

28/6/2015 Vasco 1 x 0 Flamengo - Riascos
Caixa, que saiu em 2017, foi a última patrocinadora master do Cruz-Maltino (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)

Somatório dos valores de patrocínio em 2018
TIM: R$ 2,5 milhões
Diadora: R$ 5 milhões
JJ, Refit, Yes e Zoom (somadas): R$ 6 milhões
Total: R$ 13,5 milhões + economia de R$ 4,5 milhões com GPI

Somatório dos valores de patrocínio em 2019
BMG: R$ 8 milhões
TIM: R$ 2,5 milhões
Diadora: R$ 5 milhões
CAC, OAC e NetBet (somadas): R$ 3 milhões
Total: 18,5 milhões + economia de R$ 4,5 milhões com GPI

Essa quantia de R$ 18,5 milhões ainda pode aumentar. O Vasco ainda possui espaços vagos para patrocínios nas mangas da camisa e no calção. Se, por acaso, algum novo negócio for acordado para esses locais, o valor total dos patrocinadores para esse ano pode aumentar. O LANCE!, porém, apurou que, no momento, não há nenhuma negociação para esses espaços.

Fonte: LANCENET!

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