Ramon Menezes comenta sobre treinadores que o influenciaram para ser técnico

Ramon Menezes chega ao cargo de treinador do Vasco como um novato, que não é. Porque se preparou para assumir a profissão com cursos no Brasil e fora daqui. Além disso, teve seus mestres. Foi jogador profissional por 23 anos, do Cruzeiro em 1990 à Cabofriense em 2013. Se calcular dois treinadores por ano, pode apostar numa lista de grandes treinadores — e dos ruins também.

Erich Ribbeck foi quem o levou para o Bayer Leverkusen, em 1996. Pouco depois, trabalhou na Alemanha com Christoph Daum, extraordinário técnico do início dos anos 1990, campeão alemão pelo Stuttgart em 1992, chamado para assumir a seleção alemã antes de Rudi Völler, depois da Euro 2000 e que se complicou ao aceitar um desafio para testar se era ou não viciado em cocaína. Deu positivo.

Os mestres da Alemanha não marcaram Ramon Menezes Hubner — até o sobrenome é europeu — quanto dois brasileiros. O óbvio, Antônio Lopes. Foi quem o trouxe de volta do Leverkusen, para se consagrar no Vasco com os troféus brasileiro de 1997 e da Libertadores. O maior, Ênio Andrade.

Não há quem tenha trabalhado com seu Ênio e não o tenha no topo da lista dos grandes estrategistas do futebol brasileiro. Como mestres da tática e da estratégia, gerações de jogadores antes de 1980 falam sobre Elba de Pádua Lima, o Tim. Gerações mais recentes referem-se a Vanderlei Luxemburgo ou a Felipão. Ênio Andrade é unânime para quem o conheceu de perto. Como Ramon.

“Ele fazia nos anos 1990 o mesmo tipo de treino que se faz hoje e tinha o mesmo tipo de preocupação, com as fases do jogo. Com as funções quando o time tem a bola e também quando não tem. Todo jogador precisava ter papel em cada momento das partidas”, lembra Ramon.

Ênio Andrade foi quem lançou Ramon no Cruzeiro, aos 17 anos. Sob seu comando, foi campeão mineiro de 1990 e da Supercopa da Libertadores de 1991, numa final histórica contra o River Plate.

Pela crise do coronavírus, Ramon Menezes ainda não deu sua primeira entrevista como treinador do Vasco. Mas fará suas homenagens e dirá quais são seus espelhos. Antônio Lopes, agora seu coordenador de futebol. E Ênio Andrade.

Via: Blog do PVC

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