Presidente da assembléia geral reclama a ausência de dados para verificar se associado tem condições de voto

O presidente da Assembleia Geral do Vasco, Faués Cherene Jassus, conhecido como Mussa, divulgou uma nota, nesta sexta-feira, na qual criticou a falta de informações na lista de sócios entregue por Alexandre Campello, presidente do Vasco (veja abaixo). A falta de informações como CPF e comprovantes de pagamento, conforme o dirigente, “dificulta a análise” para determinar se o associado tem condições de voto. Campello ainda não se manifestou sobre o caso.

A divulgação da nota é mais um episódio no complexo e polêmico processo eleitoral vascaíno. Na última terça-feira, a Junta Deliberativa, convocada por Mussa, obteve a promessa de Campello que receberia a lista na quarta. Ela foi entregue aos cinco presidentes de poderes do clube na quinta – o documento foi salvo em um pen drive. É a Junta que faz a avaliação da situação cadastral antes de a Assembleia Geral Extraordinária ser convocada para a aprovação ou não da reforma do estatuto e da eleição direta.

O GloboEsporte.com conversou com Mussa após a divulgação da nota oficial. Conforme o dirigente, a lista entregue é “muito ruim”.

– Tem sócios com três matrículas, tem nomes que já faleceram. A lista, por não ter ainda todas as informações, não é clara, e isso dificulta a transparência do processo – disse Mussa.

Um pouco antes da manifestação de Mussa, o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, fez uma postagem em rede social sobre o tema. Também criticou o que entendeu como falta de informações (veja abaixo).

Roberto Monteiro
@rmonteir0
·
3 h
O arquivo recebido ontem não informa a listagem de sócios aptos a votarem na AG. Não traz dados básicos para a Junta preparar a convocação da Reforma estatutária. É dever da Diretoria Administrativa fornecer os dados conforme requerido pela junta. O q escondem tanto?

O GloboEsporte.com entrou em contato com Monteiro. Ele detalhou a sua posição:

– Com o CPF, o cruzamento de dados é possível. No Vasco, há sócios com quatro títulos, por exemplo. Mas o direito a voto é um só. É preciso o CPF para identificar isso. Além dos comprovantes de pagamento para saber se o associado tem um ano de adimplência, o que dá direito a voto. Não se pode validar o sócio sem saber a vida financeira dele.

A Junta Deliberativa tem reunião marcada para a próxima segunda-feira, dia 22. Será quando a lista terá de ser validada. Só após a verificação de quem pode votar a Assembleia Geral Extraordinária será convocada.

Há dois pedidos para Mussa convocar a AGE. Um deles, via Conselho Deliberativo, trata da reforma do estatuto. O outro, do movimento Nova Resposta História, que, com assinaturas de sócios, reivindica a eleição direta no clube – algo que também está previsto na alteração estatutária.

A verificação da lista de sócios é fundamental também para validar as fichas com assinaturas do Nova Resposta História. O movimento alega ter alcançado 20% do quadro social, como determina o Código Civil. Caso a verificação aponte o contrário, a Assembleia Geral Extraordinária seria chamada apenas para referendar o novo estatuto.

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