Apesar dos desfalques, Vasco tem chances de vencer a partida, mas para na trave e na boa atuação do goleiro adversário

Entre jogadores machucados e poupados, o Vasco chegou desconfigurado a Coritiba. Ainda assim, com muitos desfalques, fez um bom segundo tempo e poderia ter saído com a vitória. No entanto, as chances perdidas e um erro no fim custaram caro. Um pênalti bobo de Pikachu em Robson deu a vitória ao Coxa por 1 a 0, neste domingo, no Couto Pereira.

O Vasco entrou em campo sem vários titulares. Ricardo Graça, Andrey e Vinícius estão machucados. Preservados, Benítez e Castan sequer viajaram. De olho no jogo contra o Botafogo, Henrique e Fellipe Bastos começaram no banco. Diagnosticado na última sexta com Covid-19, Ramon Menezes foi outra ausência. O auxiliar Thiago Kosloski comandou a equipe.

Jogo sonolento
Foi um jogo de tempos distintos no Couto Pereira. Coritiba e Vasco fizeram uma partida ruim no primeiro tempo. Em ritmo lento e marcação forte, as equipes pouco criaram, em um duelo, em certos momentos, sonolento.

O Vasco, outra vez, sentiu a ausência de Benítez. Bruno César foi seu substituto e novamente não correspondeu. O argentino tem sido o principal articulador da equipe no Brasileiro, e a comissão técnica tem tido dificuldades para encontrar um substituto quando necessário.

O Vasco não teve Benítez, mas Cano estava em campo. E mesmo em um time pouco inspirado, foi dos pés do argentino a principal chance da primeira etapa. Aos 29, ele surpreendeu Hugo Moura, roubou a bola do volante e chutou de fora da área. Wilson fez uma defesaça. Foi a primeira grande intervenção do goleiro, que viria a ser peça determinante no resultado final da partida.

Vasco melhora, mas para em Wilson (e na trave)
Sem mudanças, mas com nova atitude, o Vasco voltou melhor do intervalo. Se estava difícil criar pelo meio com Bruno César, os pontas Talles e Catatau apareceram mais, os volantes deram mais intensidade ao jogo, e o time carioca cresceu.

Aos poucos, as oportunidades foram surgindo. Aos 11, Cano antecipou à zaga e tocou no cantinho. Wilson fez outra boa defesa. O goleiro do Coxa, aliás, recebeu o prêmio de Craque do Jogo. Logo em seguida Talles Magno bateu colocado da entrada da área e carimbou a trave. O Coxa, nessa altura, não levava perigo.

Aos 30, com o time perdendo fôlego, Kosloski fez três mudanças de uma vez. Ribamar, Fellipe Bastos e Guilherme Parede substituíram Bruno César, Bruno Gomes e Catatau. O Vasco continuou melhor e teve chances importantes com dois jogadores que entraram no segundo tempo. Primeiro, Parede recebeu de Talles e chutou para defesa de Wilson. Em seguida, Ribamar foi atrapalhado pela zaga quando aparecia de frente para o gol para marcar.

Pênalti infantil e polêmicas

O momento no jogo era bom, e parecia que o gol era questão de tempo. Foi quando o Vasco bobeou na defesa, onde vinha fazendo uma partida segura. Aos 40, Pikachu puxou Robson na área, em lance que dificilmente o atacante alcançaria a bola. Com ajuda do VAR, Luiz Flávio de Oliveira assinalou. Sabino cobrou, Fernando Miguel defendeu, mas o árbitro de vídeo mandou voltar, uma vez que o goleiro se adiantou na cobrança. Em seguida, Robson cobrou e colocou o Coxa em vantagem.

O jogo seguiu após muita reclamação, mas ainda teve tempo para mais uma polêmica. Filemon deu um pisão em Neto Borges na área. Luiz Flávio de Oliveira foi chamado para consultar o lance no vídeo, mas considerou a jogada legal, o que gerou muita reclamação dos vascaínos em campo e na coletiva de imprensa do auxiliar Thiago Koslosli, após a partida.

– Dois pesos e duas medidas do VAR – reclamou Kosloski.

Com polêmica ou não, o Vasco perdeu seu segundo jogo seguido e liga o alerta. É hora de juntar os cacos, recuperar jogadores importantes, aproveitar as chances criadas e evitar falhas infantis. Afinal, quarta, contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, não haverá espaço para novos erros, caso queira seguir adiante na competição.

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