Ricardo Rocha e Amaral não acreditam em título do Vasco no Estadual

O Campeonato Carioca já começou quente na tela da Record TV. O torneio, conhecido como o estadual “mais charmoso do Brasil”, já teve golaço, polêmica de arbitragem e também algumas zebras, como as derrotas de Vasco e Fluminense.

A rodada inicial, assim como a expectativa para a próxima, marcada para esse fim de semana, inclusive com o duelo entre Volta Redonda e Vasco, na noite de sábado (6), na tela da Record TV para o Rio de Janeiro e outras 26 praças, foram os principais assuntos da Live JR, apresentada por Celso Freitas e Mylena Ciribelli, e com as presenças dos craques Ricardo Rocha e Amaral, que por muitos anos brilharam no Campeonato Carioca.

Tetracampeão mundial com a seleção brasileira em 1994, Ricardo Rocha se mostrou encantado com o início do estadual, mesmo que os principais times estejam poupando suas estrelas.

“Você vai ver daqui alguns anos quantos desses garotos que estão jogando o Carioca estarão brilhando no futebol brasileiro. A base é a salvação do nosso futebol. O Flamengo está com faturamento de quase R$ 1 bilhão, mas R$ 400 milhões são de venda de jogadores formados na base. Os outros grandes do Rio têm que fazer o mesmo. Hoje, o Athletico-PR vende mais que Fluminense, Vasco e Botafogo. Isso porque se organizou”, opinou o ex-zagueiro, com passagens por Vasco, Fluminense e Flamengo.

Amaral, que brilhou pelo Vasco, acredita que o estadual será fundamental para o time formar uma base para o restante da temporada: “Se o Vasco fizer uma boa campanha, vai entrar com mais confiança para disputar a Série B, que nesse ano vai ser bem difícil, com cinco campeões nacionais.”

Os dois concordaram em apontar o Flamengo como o grande favorito ao título carioca em 2021. Porém, segundo eles, o Fluminense pode surpreender o atual bicampeão estadual e brasileiro.

“Ninguém dava nada para eles. E eles foram para a Libertadores. Estão cheios de confiança. Acredito que possa engrossar para o Flamengo. Mas não podemos tirar o mérito dos pequenos. Só olhar o que aconteceu na primeira rodada”, disse Amaral.

Ricardo Rocha pensa parecido: “Eles têm uma mescla de jogadores jovens com experientes que deu liga. Se vier um título para Vasco e Botafogo, para mim será uma surpresa. Muitos jogadores não vão ficar, porque esses clubes não têm condição de pagar. Acredito que eles terão dificuldades nos próximos três anos. Já o Flamengo está acima. Na verdade não só dos rivais do Rio, como de todos os clubes do Brasil.”

Técnicos estrangeiros

Estrelas do futebol brasileiro no final do século passado, os dois encaram com estranheza a chegada de vários treinadores estrangeiros no Brasil. “Eu acho que é moda. Quando um clube faz isso e dá certo, outro tenta copiar. Mas aí, não encaixa, e o clube busca o brasileiro para consertar. Nossas equipes estão conseguindo investir, então isso atrai os estrangeiros. O Crespo, por exemplo, tenho certeza que, se ele assumisse o Boca Juniors, não ganharia o que ele ganha no São Paulo”, enfatizou Amaral, que foi apoiado por Ricardo Rocha: “O Ricardo Sá Pinto é estrangeiro, e foi o pior treinador do Vasco nos últimos 15 anos.”

Histórias do Amaral

Uma das grandes figuras do futebol brasileiro nos anos 90, Amaral é um grande contador de histórias. De origem humilde, com direito a trabalho até mesmo dentro de um cemitério quando jovem, o ex-volante costuma divertir a todos com alguns causos de sua carreira. E claro, na live JR, isso não poderia ficar de fora.

“Quando eu cheguei no Vasco, o Edmundo era o capitão, e ele e o Romário não se bicavam. Eu tinha amizade com ele, pois joguei junto no Palmeiras, mas também construí um carinho pelo Romário. Então, quando eu pegava na bola, os dois pediam para tocar. Se eu tocasse para um, o outro reclamava. Teve uma vez, que os dois pediram e eu decidi arriscar para o gol. O problema é que a bola subiu, foi para fora de São Januário. E, claro, os dois me xingaram muito”, relembrou ele, causando risos nos outros integrantes do bate-papo.

E Amaral tem histórias até mesmo fora do Brasil: “Eu fiz uma temporada muito boa no Vasco e fui vendido para o Parma. Quando cheguei na Itália, eu não falava nada de italiano. E lá, o ‘ciao’, é utilizado para dizer oi. Tinha um monte de repórter me esperando no aeroporto. Aí eles falaram ‘ciao’. Eu dei tchau para eles e fui embora”, concluiu o ex-volante.

Assista o programa:

 

Fonte: R7

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