Luisinho, Ricardo Rocha e Valdir apostam em Marcelo Cabo

Com o início do trabalho do técnico Marcelo Cabo e o anúncio das contratações de Marquinhos Gabriel, Ernando e Zeca, o Vasco começou a mostrar qual será a sua cara para 2021. Novos jogadores ainda chegarão, assim como outros seguirão os passos de Gustavo Torres, Léo Gil, Fernando Miguel e Yago Pikachu e deixarão São Januário. O planejamento da diretoria foi analisado por três ídolos do clube.

Integrantes da equipe campeã carioca de 1994, Luisinho Quintanilha, Valdir e Ricardo Rocha acompanham de perto e mostram preocupação com a temporada, embora acreditem que seja o momento de fazer uma administração mais responsável, com cortes de gastos. Em entrevista ao Yahoo Esportes, eles ainda falaram sobre a chegada do técnico Marcelo Cabo, das novas contratações e do futuro dos experientes Yago Pikachu e Leandro Castán.

Confira a entrevista abaixo:

Planejamento para 2021

Ricardo Rocha

– É preciso arrumar a casa dentro do que aconteceu. Não vai ser fácil. É preciso cumprir os contratos que estão em vigor. Não dá para ficar especulando nada porque existem contratos e é preciso respeitá-los. É preciso conversar antes de qualquer decisão. O Campeonato Brasileiro acabou há pouco e, mesmo assim, já estão conseguindo trazer alguns reforços.

A presidência está há pouco tempo e o torcedor precisa ter paciência. Não vai ser fácil, o problema do Vasco vem de anos. O clube caiu 4 vezes em 12 anos. É preciso de uma gestão austera e forte porque vai ser um ano difícil.

Luisinho Quintanilha

– O Vasco deu o primeiro passo com a contratação da comissão técnica, embora pense que poderia haver um pouco mais de trato com o Carlos Germano (ídolo e treinador de goleiros, que deixou o clube no início deste mês) (…). Embora eu tenha gostado da chegada do Marcelo Cabo, acho que ele deveria estar envolvido com os treinamentos, desde a sua apresentação. Junto com o time Sub-20, que participou dos primeiros dois jogos.

Não sei como está sendo o planejamento, mas a presença dele dá moral aos jogadores, que gostam disso. Sem desmerecer o Siston, que está fazendo um grande trabalho no Sub-20 e que vai ter a sua chance no profissional. Mas, nesse momento, ele sabe que seria algo temporário.

Sobre o início de competição, pela forma que o time terminou o Brasileiro, o time não pode perder e deveria existir uma mescla dos jogadores jovens com outros mais experientes, mas formados na base, como o Bruno Gomes, o Ricardo Graça e o próprio Talles Magno. São jovens, mas estão mais experimentados no profissional e poderiam dar um suporte aos que estão chegando. O Vasco precisa das vitórias.

Valdir Bigode

– Estou como espectador vendo o que está acontecendo, as mudanças e a tentativa do melhor, torcendo para que as coisas melhorem. Acredito que estejam trilhando um caminho bom! Se realmente houver essa reformulação geral e fizer boas contratações, tem tudo para dar certo.

Contratação de Marcelo Cabo

Ricardo Rocha

– Contrataram um treinador experiente. Gostei muito do nome. Ele já fez um belo trabalho no Atlético-GO, na primeira divisão e conhece a segunda.

Luisinho Quintanilha

– Estamos na expectativa que o Marcelo Cabo faça um grande trabalho no Vasco. É um treinador que fez um bom trabalho no Atlético-GO, mas que conhece bem a Série B e a realidade que o Vasco enfrentará neste ano. É um treinador que tenta se firmar no cenário nacional e o Vasco é uma grande oportunidade para ele.

Valdir Bigode

– Sinceramente, é difícil falar sobre esta contratação, porque ele chegou agora. É preciso aguardar, ver o trabalho e os resultados. Antecipar qualquer coisa antes do rapaz começar não é justo. Ele já tem alguns bons trabalhos e vamos torcer para dar certo no Vasco também.

Chegadas de Zeca, Marquinhos Gabriel e Ernando

Ricardo Rocha

– O treinador está dando o OK nos nomes, embora alguns deles não tenham um bom desempenho faz tempo. O Marquinhos Gabriel, por exemplo, faz tempo que não é titular, assim como o Zeca. Mas o treinador, às vezes, faz com que o jogador tenha um bom desempenho. Acho válido pela confiança do treinador e pela experiência dos atletas.

Luisinho Quintanilha

– São jogadores que chegam com o aval do treinador. Muitos falam na necessidade de montar um time de Série B, mas o importante é colocar em campo o melhor time possível. É claro que existe a questão financeira e disponibilidade de alguns atletas. Mas existem boas opções no mercado. É preciso fazer uma análise criteriosa para contratar e errar menos.

Mas vale dizer que o Vasco tem bons jovens e eles mostraram qualidade nos primeiros jogos do Campeonato Carioca. Estamos na torcida para tudo dar certo.

Valdir Bigode

– Está acontecendo uma reformulação muito grande e vamos torcer que os jogadores consigam desenvolver os seus trabalhos. Alguns jogadores estão saindo, outros já chegaram e devem chegar ainda mais.

Possíveis saídas de Leandro Castán e Cano

Ricardo Rocha

– O maior problema é o salário deles. Não há condição de pagar porque existe um teto. Não adianta entrar em desespero e depois não conseguir voltar para a Série A. Eu gosto muito desses jogadores, mas é preciso motivá-los e nisso está o pagamento dos atrasados que eles têm direto. Por isso, às vezes, é até melhor sair em busca de novos ares, porque eles são bons jogadores. Gosto muito deles.

Luisinho Quintanilha

– Às vezes chega um momento para o atleta que também é importante mudar de clube. O Vasco tem muitos jogadores jovens e vai precisar de líderes, com o perfil dos jogadores mencionados. Agora, será que é importante eles permanecerem? Já existem um desgaste e falta de conquistas ao clube, algo que poderia dar um suporte para eles (…). É uma situação difícil, não é fácil encontrar jogadores como eles, mas é preciso conversar e saber se querem ficar e se enquadrar a nova realidade do clube. Sem dúvida, permanecer e ajudar o Vasco a voltar pode ser um grande desafio.

Valdir Bigode

– Como estão acontecendo mudanças, é preciso pegar o rendimento dos jogadores, os dados para avaliar se vale a pena mantê-los. Com certeza, devem estar fazendo isso e é o mais correto. E conversar também. Tudo isso para não julgar os jogadores de forma errada.

Podem não ter dado certo no último ano, mas isso não quer dizer que será assim novamente.

Fonte: Blog do Marcelo Guimarães – Yahoo

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