Pássaro fala sobre seu trabalho: ‘Tudo passa pelo tamanho e pela grandeza do Vasco’

Principal responsável pela reformulação do elenco do Vasco para 2021, o diretor Alexandre Pássaro participou na tarde desta sexta-feira no Seleção SporTV. Durante o programa, o dirigente explicou que vem usando a grandeza do clube para convencer jogadores nas negociações. Até o momento chegaram sete reforços.

– Acho que tudo passa pelo tamanho e pela grandeza do Vasco. O Vasco vive um momento financeiramente muito ruim e, esportivamente, neste ano, também. Mas eu não posso deixar de usar a principal carta na manga que tenho, que é convencer um profissional a vestir uma camisa histórica e emblemática. Além disso, tem a questão da credibilidade, comandada pelo presidente Jorge Salgado, que é o convite para a mudança de um gigante. Um convite para trazer credibilidade e confiança – disse Pássaro.

O dirigente também comentou o perfil de jogadores que estão chegando ao Vasco. Até o momento foram contratados Vanderlei, Ernando, Zeca, Romulo, Marquinhos Gabirel, Morato e Léo Jabá.

– O que temos apostado é em um perfil de jogador que combine com o que a gente precisa no momento. O Vasco precisa se reorganizar e se reerguer para voltar a ter credibilidade na comunidade do futebol. Quando a gente convida jogadores como Zeca, campeão olímpico e procurado por clubes internacionais em um momento da carreira, a gente apresenta o projeto. Tenho certeza que ele viu um projeto que casa com ele.

– São jogadores que talvez não tenham conseguido continuar o bom momento por determinado problema, por um projeto diferente em outro clube, em que talvez a exigência e expectativa fosse outra. Estamos procurando jogadores que estejam na mesma prateleira, no mesmo patamar. O Vasco quer se recuperar, o Zeca quer se recuperar. O Vasco precisa do Zeca, e o Zeca precisa do Vasco. Só no final do ano teremos certeza que dará certo, mas acho que teremos sucesso.

Outros trechos

Como blindar Cabo?

Costumo falar internamente que vamos passar por momento turbulentos. Não existe nenhum cenário no Vasco ou em qualquer outro time, que não haja uma pequena turbulência. Vamos passar e estaremos preparados. O nosso desafio é dividir com presidente, vice, CEO, tudo o que tem sido feito no futebol. Para quando vier a turbulência, não vire uma grande onda de achismo. Que todas pessoas do clube entendam porque está jogando A e não B.

Lembrando sempre que a gente acompanha o dia a dia. Estamos entendendo a temperatura do vestiário. Lógico que quando entendermos que o ambiente e o resultados não estão vindo, não vamos intervir. Mas vou fazer de tudo para equilibrar. Ao longo da minha carreira já fiz várias trocas de treinadores. O grande equilíbrio é deixar todos na mesma página. Mas quando necessário mexer para o bem do projeto, vamos mexer. Mas deixando claro que estamos muito contentes com o trabalho do Marcelo Cabo.

Projeto

Entendemos que estamos num estágio inicial de trabalho. Estamos trabalhando há 45 dias. O que sentimos que passar de fases na Copa do Brasil, ainda que tenha sido no sufoco, e também a vitória sobre o Flamengo, aceleram o nosso processo. Deixamos o time cada vez mais pronto.

A eliminação no estadual nunca foi desejada, mas sempre foi aventada. Sabíamos que era um risco. Não jogamos praticamente nenhuma vez com a mesma escalação. Os clássicos e a Copa do Brasil servem muito mais como termômetro e tivemos um desempenho bom. A equipe não está fechada, mas está estruturada.

Competitividade

Em janeiro identificamos um time pouco competitivo. Hoje o Vasco já tem uma cara e conceito de times competitivos. Se vai nos levar longe, estamos analisando. Mas se a performance não for a desejada, vamos trazer peças, mudar trabalho. Mas a ideia é dar ao Vasco essa competitividade que é necessária para qualquer competição. O Vasco nos últimos anos lutava sempre para não cair. Era um sintoma de que o Vasco não estava sabendo competir.

Mudanças na base

O trabalho hoje comandado pelo Carlos Brazil é excelente. Eu já conhecia de fora. Mas chegando aqui e vendo todas dificuldades, vejo que é um trabalho ainda melhor.

O que precisávamos mudar era o planejamento e estrutura contratual dos jogadores que chegam para base. Hoje padronizamos inclusive multas para saída. Todos jogadores que chegam hoje têm multas padronizadas de 40 milhões de euros. O torcedor precisa entender que estamos fazendo isso a partir dos contratos a partir de 2021.

Queda de receitas e contratos

O ano é total de resgate. Não dá para ter qualquer outro objetivo que não seja o acesso. Tudo está atrelado a esse acesso, a receitas. É uma bola de neve que, se a gente não sair logo dela, só aumenta e nos preocupa. Esses jogadores que chegaram têm contratos até dezembro. Alguns com cláusulas de renovação automática, desde que disputem um determinado número de jogos. Mas todos acreditam que vamos subir.

Fonte: Sportv

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