Marquinhos Gabriel mira evolução e cita Pedrinho como referência: ‘A canhotinha dele era fenomenal’

Em mais de 10 anos como profissional, Marquinhos Gabriel já deu provas de que aquela perna esquerda tem qualidade. São 12 clubes no currículo, entre eles os importantes Inter, Corinthians, Palmeiras, Santos, Cruzeiro, Bahia e Athletico-PR. Oscilações e algumas temporadas em baixa, porém, o impediram de criar identificação e raízes com os times que defendeu. Agora vestindo mais uma camisa muito pesada seria honra de vincular seu nome a um escudo e virar o “Marquinhos Gabriel do Vasco”? Ele acredita que sim.

– Com toda certeza. Com muito trabalho, quero criar essa identificação. Fui muito bem recebido por todos desde o primeiro dia. A equipe me recebeu muito bem, e o torcedor também. Por mais que a gente não consiga sentir o calor deles no estádio, nas redes sociais a gente sente que eles estão gostando do nosso trabalho por ora. E a gente espera que continue assim.

O maior desejo do gaúcho de 30 anos, revelado pelo Internacional de Porto Alegre, é coroar a temporada com a pandemia da Covid-19 controlada e o Caldeirão em chamas.

– Que a gente possa no final do ano fazer uma festa com todo mundo no estádio, com a nossa volta à Série A e todo mundo bem. Assim por diante renovar nosso contrato e conseguir ter essa identificação com o clube por muitos anos.

Para manter o bom início – até agora tem dois gols em sete jogos – e deslanchar na Série B, Marquinhos coloca como meta atenção especial a questões como sono, alimentação e preparação física.

– Há muitas questões que envolvem o futebol. Dentro de campo é a parte técnica, que o torcedor costuma ver mais, mas é preciso ter as parte física e mental muito bem. Em casa, é preciso ter o descanso e o sono, que são importantíssimos. Nossa parte alimentar influencia muito em campo.

– Nessas questões de fora de campo que precisamos ter mais cuidado e mais foco. Todos esses quesitos formam um jogador dentro de campo e dão o resultado final. Isso que vai fazer a gente ter mais força para fazer gols e dar um drible e não pesar a perna. É fazer a alimentação certinha para não desgastar na hora do jogo. Procuro buscar cada vez mais informações dessas questões para conseguir evoluir – completou.

Confira outros tópicos da entrevista:

Necessidades de Marquinhos e Vasco que se complementam

– Tanto o Vasco quanto eu, o Marquinhos Gabriel, precisamos dessa volta ao futebol de uma maneira positiva. Eu tive alguns anos que foram abaixo do que todo mundo espera de mim. E o Vasco também está procurando voltar à Série A. A gente tem esses dois lados que querem se ajudar. Vamos trabalhar forte para que tanto o Marquinhos Gabriel quanto o Vasco tenham saldo positivo no final do ano.

A sua bola parada, que está bem encaixada, pode ajudar o time nessa busca pelo acesso?

– Acho que pode ajudar muito. Fiquei um tempo sem atuar forma oficial e trabalhei muito a bola parada, trabalhei muito fisicamente. Espero que ajude muito não só na bola parada, mas na parte técnica. Cada dia procuro evoluir na técnica e na física também. Juntamente com pessoal que chegou e ficou a gente fazer um ano excelente para voltar para a Série A, que é nosso objetivo maior nesse ano.

Não sei se você viu, mas uma mania que o gaúcho tem é de usar o “Ããã…” antes de completar um raciocínio. Você virou meme por isso em sua apresentação. Chegou a ver algo do tipo?

– Soube. Eu olhei uma imagem desse meme. Ããã… É engraçado, mas é automático. Não tem o que fazer, a gente tem algumas manias. Vamos ver consigo tirar isso(risos).

Série B recheada de campeões brasileiros: dificuldades para o Vasco e para os rivais

– Essa Série B, acredito eu, que vai ser uma das mais difíceis. Há algumas equipes fortes que já foram campeãs brasileiras e têm história grande no futebol nacional. O Cruzeiro é uma equipe muito forte, tem a sua história. Tem o Vasco e o Botafogo, que também já conquistou títulos. Se eu for citar todas as equipes que têm condições, vamos ficar falando por muito tempo.

– Acredito que vai ser uma temporada difícil não só para o Vasco, mas para quem enfrentar o Vasco. Estamos criando uma identidade do time e fazendo bons jogos. Agora temos que acertar um pouquinho a bola parada porque estamos tomando muitos gols. Acho que de resto é manter e continuar evoluindo no que dá para evoluir que vamos conquistar nossos objetivos.

Estilo de jogo na Série B

– Fiz poucos jogos pelo Cruzeiro, mas foi o suficiente para conhecer bastante a competição. Competição muito acirrado, em muitos jogos não vamos conseguir colocar a técnica, serão muitos jogos com bola aérea e confrontos no mano a mano no meio-campo, muito forte. Precisamos trabalhar muito esses quesitos nos treinos porque vamos precisar muito.

Observamos que contra o Madureira o Marcelo Cabo cantou a jogada em que você lança o Cayo Tenório para cruzar para o o gol do Galarza. Como têm sido os papos e a relação com ele?

– As conversas com ele têm sido muito boa, cara muito aberto ao diálogo. A gente aprende muito com ele. Tem situações em que a gente vê espaço pra ocupar que não é nosso setor, e ele nos dá liberdade para usufruir do espaço para criar oportunidade de gols.

– No jogo com o Madureira, comentei com ele se eu poderia sair um pouquinho lateralmente porque o volante da equipe adversária estava me acompanhando. Em algumas situações, ele não me acompanhou, e surgiu um espaço que me deixou sozinho. E consegui achar o passe no Tenório que acabou saindo o gol.

– Ficamos felizes que essas situações aconteçam durante os jogos por ele (Cabo) ser aberto ao diálogo nos treinos e jogos. Só quem tem a ganhar é o Vasco.

– Gosto muito de movimentar durante os jogos e procurar um espaço melhor. Gosto muito de ficar com a bola. A gente procura sempre o companheiro melhor posicionado. Às vezes procuro entrar bastante na área. Com isso, a equipe do Vasco vai criando sua identidade e busca a todo momento a vitória.

Jogos sem público: prós e contras

– A parte boa de ter público é que em casa a gente fica muito perto da vitória com o torcedor do nosso lado. Joguei contra o Vasco aqui, e a torcida do Vasco é impressionante. Carrega e ajuda o time a todo momento. Queríamos muito que estivesse conosco. Fora de casa também tem essa parte de não ter o torcedor ajudando o adversário.

Referências que tem da infância de jogadores do Vasco

– Felipe é um cara que jogou na lateral esquerda, e todo mundo lembra do drible dele (risos). Todo mundo sabia que ele ia sair para o lado esquerdo, mas não consegui marcá-lo. Gostava muito de ver o Pedrinho, que era sensacional. Perna esquerda, muito rápido. Infelizmente teve algumas lesões. Sempre quando ia ser convocado aconteciam alguns problemas de joelho, mas sempre levo o lado bom dele. Era um cara muito habilidoso. A canhotinha dele era fenomenal, gostava muito dele.

O que acredita que precisa fazer para renovar contrato e criar vínculo com o Vasco?

– Claro que a cada jogo vou procurar evoluir cada vez mais ainda. Acredito que tenho conseguido mostrar um pouquinho do meu futebol para o torcedor e para quem confiou no meu trabalho aqui. Há muitas questões em que quero evoluir dentro de campo, mas também fora do campo.

– É preciso ser decisivo em grandes jogos. Meu objetivo e de todo o time nesse ano é colocar o clube na Série A. E consequentemente fazendo gols e dando assistências. Acho que isso credencia muito para eu estar jogando a Série A aqui e renovando o contrato. Estamos com a cabeça muito voltada para isso. Não só eu, como o time todo, precisa fazer um grande temporada.

– Infelizmente no ano passado o Vasco acabou caindo, mas vamos trabalhar muito para reverter isso. Vamos trabalhar com muita força para conquistar esse objetivo de voltar à Série A.

Você citou que gostaria de evoluir em alguns aspectos. Quais são?

– Tem muitas questões que envolvem o futebol. Dentro de campo é a parte técnica, que o torcedor costuma ver mais, mas é preciso ter as parte física e mental muito bem. Em casa, é preciso ter o descanso e o sono, que são importantíssimos. Nossa parte alimentar influencia muito em campo.

– Nessas questões de fora de campo que precisamos ter mais cuidado e mais foco. Todos esses quesitos formam um jogador dentro de campo e dão o resultado final. Isso que vai fazer a gente ter mais força para fazer gol, dar um drible e não pesar a perna. Fazer a alimentação certinha para não desgastar na hora do jogo. Procuro buscar cada vez mais informações dessas questões para conseguir evoluir.

Você citou que precisa evoluir em questões fora do campo. Em outras temporadas, você não cuidava tanto do sono e da alimentação?

– Há muitos anos venho cuidado muito da parte alimentar, tenho profissionais que conhecemos tanto no clube quanto fora.O Paulinho (Cavalcanti, nutricionista) tem me ajudado bastante.

– No período em que fiquei em casa trabalhando para minha volta ao futebol profissional em que rescindi com o Cruzeiro e fiquei em casa até acabar os campeonatos, cuidei da muito da alimentação e fiz meus treinos. Sem isso não tem como ter boa performance em campo. Temos muitos profissionais que nos ajudam.

– A preparação física do Vasco tem conversado muito comigo para ainda mais nessa evoluir nessa parte. Questão de ritmo de jogo vai fazer bastante diferença na frente, então estamos cuidando para não ter lesões nesse início para na frente ter sequência de jogos e poder ajudar o time. Desde já agradecer à preparação e à nutrição do Vasco, que têm feito um trabalho muito bom com a gente.

Tímido fora de campo

– Pego no pé do nosso amigo (Carlos Gregório Jr, assessor do Vasco) aqui. Me chama para entrevistas, eu tento fugir, mas sou mais tímido, mais quietinho. Prefiro responder dentro de campo.

Fonte: GloboEsporte.com.br

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