Antônio Mello, ex-preparador físico do Vasco, fala sobre sua saída do clube

Em entrevista ao canal “Atenção Vascaínos”, o ex-preparador físico do Vasco Antônio Mello falou sobre sua saída do clube e seus planos para 2021:

– Assim que o Vanderlei saiu, eu ainda fiquei em negociação com o Alexandre Pássaro discutindo alguns valores reduzindo daqui e dali pra ver se eu continuava junto com o Vasco fazendo o trabalho da preparação física e uma consultoria mais abrangente que envolveria todo o futebol e preparação física do profissional até a escolinha infantil lá do clube e isso não foi pra frente evidentemente porque Vasco tem seus problemas que são sérios e tem uma diretoria empenhada em resolvê-los e com certeza irá resolvê-los porque existe um critério muito grande e um planejamento muito bem organizado e isso vai facilitar do Vasco daqui pra frente melhorar, não só os resultados, na performasse do futebol da equipe como também na estrutura administrativa e na própria estrutura física do treinamento, eu tenho certeza que isso vai acontecer o presidente que é nosso amigo vascaíno, o Salgado, está com um grupo de apoio muito bom com Osório a turma toda, não vou me lembrar do nome de todos, mas que o grupo é muito interessante e muito bom pra se fazer um grande trabalho futuro e na expectativa evidentemente que apesar da idade e tudo mais, eu tenho muita vida ainda e muita vontade de colocar minha experiência profissional em prol do futebol, seja de qualquer forma seja trabalhando no campo próximo dos preparadores ali já organizando os treinamentos ou fazendo uma consultoria maior mais interessante em termos de informação e preparo dos nossos preparadores físicos isso aí não estou me referindo ao Vasco me referindo de uma forma geral, então é minha expectativa profissional.

Mello também comentou sobre a questão de poupar ou não os jogadores no começo da temporada:

– A importância maior é você ter o atleta plenamente preparado pra disputar as competições e que elas sejam entendidas pelo clube e comissão técnica de acordo com sua importância e está aí a experiência de quem vai comandar uma equipe grande. Hoje nós temos aí o Palmeiras jogando muito, Flamengo, Vasco, Fluminense, São Paulo eu tenho visto e acompanhado alguns jogos e vejo a dificuldade de se escolher a competição, tal grau de dificuldade a gente encontra em colocarmos os nossos atletas fisicamente prontos para competição você tem que respeitar que existe um processo de desgaste natural jogo a jogo, quando se aproximam quarta e domingo, quarta e domingo numa sequência muito grande isso é prejudicial não importa se você está no início da temporada no meio ou na final esse desgaste vai acontecer, aonde vai acarretar uma perda da velocidade de jogo, uma queda na força expressiva, na força rápida aquele arranque, aquelas mudanças de direção. Praticamente falando pra que seja entendido tudo isso muda, tudo isso cai e você não vê o atleta com aquele desempenho que você gostaria de ver e como nós temos hoje muitos recursos, temos aí ferramentas medindo tempo, velocidade e distância a todo momento vocês veem os coletes um aparelho colocado nas costas ali ele analisa o tempo, velocidade e distância. Clubes ou muitos clubes já mensuram também o comportamento do atleta com atleta pra saber como é que ele fez aquela distância percorrida, qual intensidade que estava com o atleta executando aquele movimento […] Então, o atleta às vezes está com um semblante muito bom e executou 10 km por jogo, executou mais 800 metros, 1000 metros em alta velocidade estimulo de velocidade, então você tem como avaliar também essa parte, dentro de um grupo de análise de desempenho físico na segunda feira toda discutido isso após o jogo de domingo, passo a passo, jogador e jogador tem mensuração lá do secar e termografia ferramentas múltiplas pra você ver como seu atleta terminou aquela partida. E isso obviamente é discutido com preparador físico, coordenador, fisiologista até chegar a mão do treinador que vai tomar a decisão evidentemente pelas informações que nós passamos pra ele e essas informações ela tem que ser discutida não só no âmbito da ciência que você tem toda matemática toda a informação programada como também no âmbito da concepção,

Com vasta experiência no mundo do futebol, Antônio Mello revelou ser contra o revezamento excessivo de atletas:

– Existe uma avaliação que você pergunta ao jogador sobre o que ele achou dele na partida é muito importante isso, essa percepção de esforço subjetivo que o atleta passa ela é colhida e jogada com aquele que veio da ciência que veio matematicamente nos informa e também existe uma que eu não abro mão gosto muito de usar e usar porque desenvolvi durante esses anos profissional a intuição, a percepção e eu olho muito o jogador olho muito vejo a caminhada, a passada do jogador do jogador correndo, vejo o detalhes e procuro memorizar toda essa mecânica e comparar com aqueles dados informados através da fisiologia porque quando o jogador muda sua passada, sua caminhada, o seu andar mesmo que seja uma coisa tão simples mas de alguma forma ele já começa apresentar uma defesa de movimento que isso pode predispor a uma futura lesão ao um empenho que não vai ser o adequado que nós queremos em alto rendimento então essa junção de informações e observações elas são jogadas para o treinador evidentemente que eu sou muito contra o revezamento excessivo, eu acho que tem que ter uma coordenação tática e física para que você possa pôr em campo o que é de melhor se não você reveza demais e acaba mandando pra campo 5 ou 6 jogadores de base que vão mudar completamente a ideia do treinador na sua montagem tática, um treinador chega no clube ele tem uma montagem tática, ele vai olhar os jogadores que ele tem vai ver um lateral como ele funciona na sua tática individual, vai ver o lateral esquerdo, os zagueiros ele monta sua tática aí de repente em um jogo que tem que ter uma alternância ele vai e muda quase o time inteiro, foi por água abaixo todo o trabalho preconizado, então eu acho que o revezamento é importante tem que ser discutido em cima do nível da competição do interesse do clube e do objetivo maior traçado pelo clube e quando fizer você tem que fazer com equilíbrio… Eu penso trocar 6, 7 ou 8 jogadores de uma vez você já mexeu em toda a organização tática programada aí você já ofereceu um outro… Condicionamento físico mais aprimorado, mais recuperado pra desempenhar aquele jogo, mas aquele jogo especificamente e a continuidade precisa dar pros jogos seguintes então tem que ter muita coerência muita discussão e muita aproximação do treinador de futebol tem que a ver um entrosamento muito grande e reparação física, auxiliares técnicos, fisiologistas e treinador pra que isso aconteça. E feito isso eu penso que você pode fazer um equilíbrio muito grande porque o jogador quer jogar, se você perguntar pra ele vai estar sempre pronto, eu quero, eu quero sim tudo bem… Também tem que jogar tanto que haja essa preocupação. Claro que as vezes passa despercebido, existem jogos que você não se desgasta completamente, você tem a posse da bola você dita o jogo então aquele jogo passa a ser um treinamento de mais qualidade e então pode ser analisado então pode ser analisado esse jogo como uma forma de um treinamento melhor que não desgastou tanto o atleta assim pro próximo, existem jogos que você tem que ter muito cuidado porque as vezes você tem um jogador expulso, choveu e o campo está muito carregado é um clássico tem outra característica, outra resposta física é outro contexto em termo de desgaste físico isso é uma análise que a experiência que o tempo vai te dando e tem os que preferem a recuperação principalmente atletas que já começam a sentir o peso da idade, atletas que não são muito velozes que a fadiga apresenta muito maior, precisam de um tempo maior de recuperação de treinamentos regenerativos, uma alimentação mais adequada, um repouso melhor então tudo isso faz parte desse programa que visa qualificar o atleta pro jogo, é, consequentemente se estabeleceu o revezamento caso aja necessidade, eu de antemão já posso falar, revezar completamente eu não sou a favor eu acho que inclusive é muita responsabilidade pro monte de garoto de base que é diferente, a base treina de um jeito, joga de um jeito e você tem que fazer essa transição com qualidade pra você não perder a base e subir com muitos jogadores de base ao mesmo tempo é extremamente perigoso porque você pode perder a qualidade de um jogador de base quando ele é jogado no bolo, as vezes você qualifica um jogador de base quando ele está no meio dos craques que ai ele vai desempenhar muito melhor a função dele e vai ser orientado por várias vozes no campo, vem um lateral e fala com ele, vem um meia e fala com ele segura e não vai agora, prepara um pouco mais, dribla mais próximo da área essas informações elas tem uma experiência de jogadores em campo. Quando você bota 5 ou 6 jogadores da base ao mesmo tempo conflitantes porque todos tem ansiedade de jogar e mostrar alguma coisa então a banda toca diferente na categoria de base e na categoria profissional, tem que ter muito equilíbrio, conhecer muito de transição atlética, desportiva, mental, conhecimento tático, cognitivo preparadíssimo pra receber as informações do treinador, sistema de jogo, manobras táticas e individuais defensiva e ofensiva e todo o comportamento físico que passa a mudar evidentemente porque o atleta de 16 e 17 anos quando sobe ele está no processo de maturação física e maturação hormonal ele está no processo de ganho de força, da melhoria da velocidade, do desempenho da agilidade e da destreza e enfim de tudo aquilo que compõe as ações de jogo esse cuidado é muito importante e se você coloca 5 ou 6 aí você pode ter, as coisas podem acontecer pros dois lados, de repente dá certo mas aí o talento tem que sobrepujar tudo tem que ser aquele jogadores 6 talentosos, aí po ninguém segura aí todo mundo gostaria de ter esses jogadores na mão, mas normalmente não é isso que acontece, nem onze time tem 11 Bismark, um ou dois e não passa disso.

Fonte: Supervasco

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