Zagueiro Ricardo Graça espera engrenar novamente no Vasco

Ricardo Graça é, ao lado de Miranda, o zagueiro que mais atuou pelo Vasco na atual temporada: 12 vezes. Mas, apesar das oportunidades, ainda não engrenou. Um dos pratas da casa com maior potencial para gerar retorno financeiro ao clube, terá nova chance no sábado, às 11h, contra o Operário-PR, na estreia do time na Série B 2021.

Sabe-se que Ricardo está atrás na disputa por uma vaga no lado esquerdo da defesa vascaína, porém o capitão Leandro Castan, com um edema na coxa direita, não jogará. Como Marcelo Cabo gosta de uma zaga com um destro e canhoto, Graça inicia o duelo com os paranaenses.

Ricardo Graça chega animado pela atuação segura contra o Botafogo no último sábado. Apesar de o time ter feito um jogo muito ruim na derrota por 1 a 0 – acabou campeão da Taça Rio nos pênaltis -, o zagueiro de 24 anos esteve bem posicionado e fez as coberturas corretamente. É com base nessa partida que espera retomar boa sequência na Colina.

– Com certeza é um estímulo. É muito bom quando você consegue sair de um jogo satisfeito com o seu desempenho, fruto do seu trabalho e dedicação. Esse jogo do Botafogo com certeza é mais um estímulo para o próximo e para manter a regularidade. Mas o futebol é bom porque você tem a chance de ir bem logo depois de um jogo em que vai mal.

– E quando vai bem, você tem que continuar dando o seu melhor para no próximo jogo ir melhor ainda. Se fui bem contra o Botafogo, no próximo jogo vou ter que ser melhor. Como são muitos jogos, você tem que estar sempre preparado e não dar bobeira – afirmou o jogador.

Na temporada 2020/2021, Ricardo viveu experiências especiais individualmente, apesar de ter sido pouco aproveitado pelo Vasco no segundo semestre – foi titular com Ramon Menezes, mas perdeu espaço com Ricardo Sá Pinto. Participou do pré-Olímpico e foi titular na maiúscula vitória que classificou o Brasil (3 a 0 sobre a Argentina). Foi pai pela primeira vez – Luísa nasceu em 23 de setembro – e encerrou o Brasileiro, mesmo com o rebaixamento, marcando dois gols, algo inédito até então na carreira.

– A temporada 2020/2021 foi de muitas emoções. No início do ano vou para a Seleção e descubro que vou ser pai. Foi o ápice da minha vida profissional e pessoal. No final do ano, o Vasco entra no último jogo sem chances, já rebaixado. Pessoalmente foi gratificante para mim fazer o gol do empate e o da vitória, uma pena que não mudou em nada. Apesar dos gols, foi bastante triste.

O início com Marcelo Cabo, porém, não foi como o esperado. Oscilou e não conseguiu se firmar como titular da equipe. O segundo jogo diante do Botafogo, porém, fez Ricardo projetar voos altos individual e coletivamente.

– Em relação ao início da temporada de 2021, eu não fui tão bem, tive altos e baixos nos primeiros jogos. Pode ter sido influência das curtas férias que tivemos, talvez não fosse o ideal. Posso ter sentido um pouco isso, mas no longo dos outros jogos e do trabalho retomei meu ritmo.

– Nesse jogo com o Botafogo, já fui muito melhor. E espero que num próximo seja melhor ainda e manter a regularidade para ajudar o Vasco a atingir seus objetivos na temporada, que é ser campeão da Série B. E também ir o mais longe possível e ser campeão da Copa do Brasil.

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Ricardo, com a lesão do Castan, você deve ser titular na estreia. Qual a expectativa?

– Infelizmente o Castan teve essa pequena lesão, estou torcendo para ele voltar o mais rapidamente possível. Não só eu, como todos, porque ele é um cara muito importante para gente, é o nosso capitão. Minha expectativa é a melhor possível, venho trabalhando bastante, espero dar o meu melhor, fazer um ótimo jogo e, se Deus quiser, vamos sair com a vitória.

Você não figurou na última convocação para a seleção olímpica. Acredita que ainda dá?

– Não é surpresa nenhuma eu não ter ido na última, também não fui na penúltima antes da pandemia. Seleção é fruto do trabalho que estou produzindo no clube. Então meu foco está em dar o melhor para o Vasco, e o que tiver de ser vai ser.

Como o Marcelo Cabo tem te influenciado?

– O Marcelo Cabo, o filho dele (Gabriel, auxiliar) e o Fábio (Cortez, auxiliar) são grandes profissionais. É um treinador que gosta de ter a bola, de jogar e do jogo apoiado. Então ele tem uma influência muito grande no jogo que eu gosto. De ter a posse, de comandar o ritmo do jogo, de marcação alta e por pressão. Procuro dar o meu melhor nos treinos e jogos para fazer o que ele pede e, consequentemente, estar jogando.

– Ele tem uma influência muito boa nesse tipo de jogo que eu gosto. Não só sobre mim, mas como o grupo todo, que abraçou a ideia dele. Graças a Deus está dando certo, os resultados falam por si só, mas a temporada está só começando. Espero que a gente dê o nosso melhor e conquiste os nossos objetivos. É subir e ser campeão. E na Copa do Brasil chegar o mais longe e, se Deus quiser, conquistá-la.

Como você vê nessa disputa por vagas na zaga, com a permanência do Castan, a chegada do Ernando e as oportunidades dadas ao Miranda?

– Disputa sadia. Tanto Castan, Ernando, Miranda e Ulisses estão preparando para jogar e dando o seu melhor. Essa dor de cabeça quem que resolver é o professor Marcelo. Ele quem vai dizer que vai jogar. Estou trabalhando bastante para dar o meu melhor quando jogar e tenho certeza que eles estão fazendo a mesma coisa. Nos treinos e jogos, procuro dar o meu melhor para estar jogando e honrando a camisa do Vasco.

Fonte: GloboEsporte.com

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