Em seu 1º dia, Lisca trabalhou por mais de 12 horas, comandou treino tático e pediu que cada jogador contasse sua história

Lisca prometeu viver o Vasco 24 horas por dia em sua primeira coletiva como treinador do clube. A julgar por esta sexta-feira, cumprirá à risca o compromisso. Chegou por volta de 9h a São Januário, visitou o museu, foi ao campo para uma sessão de fotos, encontrou o presidente Jorge Salgado, conversou com a comunicação e deu entrevista… Ficou cansado só de ler, certo? Mas não parou por aí. Depois foi ao CT, almoçou, apresentou-se ao grupo, comandou o treinamento, jantou e dirigiu-se para a concentração. No hotel, organizou uma dinâmica onde orientou os jogadores a contarem suas histórias com o objetivo de aproximá-los, e o papo terminou pouco depois das 21h (de Brasília).

Como foram 12 horas de profundo mergulho na história do Vasco, desde o glorioso passado à trajetória pessoal de cada atleta, o ge separou em três tópicos o primeiro dia de Lisca com a Cruz de Malta no peito.

1. Tour e choro em São Januário

Lisca começou sua insana, ou melhor, doida sexta-feira de trabalho em São Januário às 9h. Acompanhado de seu auxiliar Márcio Hahn, logo foi visitar o museu do clube, onde foi recebido pelo vice de Responsabilidade Social e História, Horácio Junior.

Terminada a aula sobre parte da história que encantou suas filhas, Lisca continuou o tour pela Colina ao lado do executivo de futebol, Alexandre Pássaro, e do gerente da pasta, Fabiano Lunz. No campo, posou para sessão de fotos e foi às lágrimas (veja em vídeo no topo da matéria) ao receber um título de sócio-torcedor do Vasco acompanhado de uma carta. Em papo com a esposa, Danielle, filmado pela Vasco TV, o treinador colocou a emoção para fora.

– Muito legal (chora). Muito legal! Isso aqui eu nunca recebi não, gente, até me emocionei. Já são 30 anos, muitos clubes, mas uma carta dessa eu nunca recebi. Muito obrigado, de coração. Eu tô doido para fazer história!

Leia abaixo a carta que tanto emocionou Lisca:

Depois das fotos no gramado, encontrou-se com o presidente Jorge Salgado, teve papo com membros da comunicação vascaína e pouco antes das 11h iniciou a coletiva de imprensa ladeado por Alexandre Pássaro.

2. “Papo de 10 minutos” com o elenco e treino tático no CT do Almirante

Assim que chegou ao CT do Almirante, Lisca almoçou e logo arregaçou as mangas para iniciar os trabalhos junto aos jogadores. Primeiramente Jorge Salgado o apresentou aos atletas em uma das salas onde os treinadores costumavam passar vídeos e reunir o grupo. O papo foi rápido, durou cerca de uns 10 minutos. O suficiente, porém, para conhecer os comandados e elencar a eles os objetivos que tem para a sequência da temporada.

Tratou de cumprimentar os jogadores com abraços, e o trabalho teve grande aceitação do elenco num primeiro momento. O treino tático comandado por Lisca, com ênfase em pressão, também foi bem recebido.

Lisca deu uma primeira impressão de ser um profissional aberto ao diálogo, inteligente e motivador. O alto astral do irreverente gaúcho também o fez ganhar pontos com os jogadores.

Na atividade, a última antes do jogo com o Guarani, marcado para este sábado, às 21h, em São Januário, ficou definido o retorno de Léo Matos, que, suspenso, desfalcou a equipe no empate por 2 a 2 com o CSA. Dúvidas só do meio-campo para a frente. Juninho e Galarza disputam vaga no setor de criação. Já Morato e Léo Jabá brigam para municiar Germán Cano ao lado de Gabriel Pec.

O provável Vasco é o seguinte: Vanderlei, Léo Matos, Ernando, Leandro Castan e Zeca; Bruno Gomes, Galarza (Juninho) e Marquinhos Gabriel; Léo Jabá (Morato), Gabriel Pec e Cano.

3. Dinâmica com conversa coletiva e “entrevista de Lisca” fecha o dia

Durante a coletiva de apresentação, Lisca destacou que, apesar do tempo curto, tentaria fazer uma dinâmica com os jogadores a fim de aproximá-los e mexer com o lado mental deles. E conseguiu. Depois de jantar no CT do Almirante, o grupo se encaminhou para a concentração do Vasco, que fica num hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Tão logo que chegaram ao hotel, Lisca organizou a resenha. Estimulou uma conversa em grupo e convidou cada um dos jogadores a contarem suas trajetórias de vida. A reunião teve duração de mais de uma hora e terminou pouco depois das 21h. O objetivo foi bem claro: com um plantel em reconstrução após o rebaixamento, buscou familiarizar um com o outro. E, claro, conhecê-los melhor.

Pessoas próximas à diretoria do Vasco afirmaram que a aceitação por parte dos jogadores e do comando de futebol foi instantânea. Houve rápida identificação e a sensação de que não faltará trabalho até o fim da Série B.

Lisca ganhou a simpatia do grupo mostrando interesse pela vida dos comandados. Interrompia o discurso dos jogadores com perguntas sobre a história de cada um deles. Com boas tiradas, arrancou algumas risadas do elenco e terminou uma sexta-feira capaz de enlouquecer qualquer trabalhador normal. Mas não a Lisca Doido. Foram mais de 12 horas de dedicação à Cruz de Malta.

Fonte: ge

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