CBF explica que na Série B há menos câmeras e que, dentro das imagens disponíveis, ‘nenhuma foi capaz de contestar de forma clara’

O Vasco e o VAR se veem, novamente, em meio a uma polêmica. O time cruz-maltino teve um gol anulado por impedimento no empate em 1 a 1 com o Brasil de Pelotas, na noite de hoje (3), pela Série B do Campeonato Brasileiro. O lance, porém, gerou dúvidas e colocou em xeque a tecnologia.

Durante a transmissão do Premiere, foi colocada a imagem do momento que a jogada deveria ser analisada e apontado que a arbitragem teria cometido um erro, mas salientando que o Grupo Globo ainda não havia recebido a imagem com o traçado do VAR.

Pouco depois, porém, ainda segundo a transmissão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) teria entrado em contato e dito que não havia sido possível traçar uma linha no pé do atacante Daniel Amorim e, sendo assim, prevaleceu a decisão do campo, que marcou a posição irregular.

Ao UOL Esporte, a CBF explicou que na Série B há menos câmeras e que, dentro das imagens disponíveis, nenhuma foi capaz de contestar de forma clara a marcação do campo. Sendo assim, seguindo o protocolo do VAR, foi mantido o que foi apontado pela arbitragem.

No lance, Andrey chutou da intermediária e a bola bateu na trave. No rebote, Daniel Amorim mandou para a rede. O técnico Lisca classificou como “erro gritante” e lembrou o jogo com o Internacional, no ano passado, quando o VAR apresentou linhas “descalibradas”.

“O gol do Daniel não tem a mínima discussão. Ele vem de trás. Não é nem ele que está mais à frente, ele vem de trás. Não tem como marcar um impedimento daquele. Acho que o bandeira foi no protocolo e esperou as linhas, mas, mais uma vez, as linhas aqui em São Januário não foram traçadas. Já foi na Série A no ano passado, esse ano em um lance decisivo do jogo. Houve um erro gritante da arbitragem”, disse.

Diretor executivo de futebol do Vasco, Alexandre Pássaro prometeu que o clube vai à CBF e também analisarás as medidas cabíveis quanto ao episódio desta noite.

“Da última vez que estive aqui, foi depois do jogo com o São Paulo, fiz um pronunciamento de 15 minutos. Mas a gente não vê nada mudando. Venho aqui hoje não para discutir questão de arbitragem, Central do Apito, se foi ou não impedimento. A gente não precisa de especialista para falar que foi impedimento ou pênalti. Isso é básico e, de novo, aconteceu aqui. Na segunda-feira, representantes do Vasco vão à CBF sentar com a comissão de arbitragem, escutar os áudios e, a partir disso, entender o que podemos fazer, porque, de novo, aconteceu uma coisa aqui. Os únicos punidos são os torcedores, nós, e eles [árbitros] continuam. Vamos ver se vai ter alguém disponível na arbitragem para resolver o problema. Acho que não, devem estar com o feriado estendido e não vão poder atender a gente”, disse

“Eles erram tecnicamente e formalmente, na análise e aplicação do protocolo. No jogo com o Inter, existia uma desculpa do problema do sol. Hoje, aparentemente, não tinha sol em São Januário. Qual será a desculpa agora? Mais que isso, diz o protocolo que se o VAR não está pegando as linhas, os árbitros e capitães devem ser avisados. Neste jogo de hoje não foi avisado a ninguém. O bandeira nem viu o lance, ele simplesmente levanta. Na dúvida, ele levanta. O árbitro fica de dois a três minutos no “ajustado”. Esse lance ajustado, se o juiz estava fazendo, ele não sabia que a linha não estava pegando”, completou.

Fonte: UOL

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