Carta de intenções firmada entre clubes e empresa para criação de liga já prevê divisão das cotas de TV

Os clubes deram um passo para avançar na possível venda de uma parte da Liga do Brasileiro em um acordo feito com a empresa Kodajas. Esse acordo inicial já prevê um modelo de distribuição de dinheiro entre os times da liga. A fórmula é inspirada na Premier League.

O acordo foi assinado há um mês pelos seguintes clubes: Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Flamengo, Vasco, Botafogo, Grêmio, Internacional, Atlético-MG, Cruzeiro, Bahia, Ceará, Fortaleza, Cuiabá, Atlético-GO e Chapecoense. São portanto 15 times da Série A, e três equipes da Série B.

O documento é uma carta de intenções para receber uma oferta da empresa Kodajas para compra de percentual de parte da Liga. A ideia é que a empresa ofereça um investimento de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões). Em troca, ficaria um percentual de até 25% da liga, isto é, de todos os seus rendimentos. Ainda não há uma obrigação de venda.

Se esse acordo for adiante, já estão firmados os termos de como seria a distribuição do dinheiro entre os clubes. O modelo é inspirado na Premier League. A fórmula do campeonato inglês é de 50% da receita divida de forma igualitária, 25% por exibição de partidas e 25% por posição na tabela. Não foi possível obter os exatos termos, mas a distribuição se daria desta forma.

Esse tipo de acordo é um avanço para a Liga dos clubes porque havia temor de discordância na hora da divisão de receitas. Atualmente, clubes como Flamengo e Corinthians têm garantias de pagamentos superiores dentro do pay-per-view. Os contratos de TV Aberta e Fechada com a Globo, no entanto, já preveem distribuição do dinheiro com regras por exibição e posição.

Caso o acordo com a Kodajas não avance, os clubes ainda podem usar o seu sistema de divisão para a Liga independente de quem seja o comprador.

O investimento inicial de R$ 5,4 bilhões seria destinado aos clubes para melhorarem sua estrutura inicial. O dinheiro foi captado juntamente ao fundo Advent. Esse é um grande atrativo para a adesão à Liga. Mas, internamente, houve discussões se não seria melhor desenvolver a liga antes de vender uma parte dela.

Certo é que a carta de intenções assinada com a Kodajas é um primeiro passo. Ainda haverá uma negociação por valores, percentuais e prazos. Além disso, se tudo der certo, os clubes teriam de decidir se assumem de fato a organização do campeonato, ou se a liga apenas fará a venda comercial. A preferência é pela primeira opção.

Fonte: Coluna Rodrigo Mattos – UOL

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