Campeão estadual em 2003, Rogério Corrêa passou 11 dias intubado com Covid em abril

A carreira vitoriosa no futebol com direito a título carioca pelo Vasco, no Maracanã, ficou em 2º plano para o ex-volante Rogério Corrêa naquele cinza abril de 2021. O alívio ao receber alta do hospital após ser intubado com Covid-19 dividiu espaço com o baque ao saber de uma notícia arrebatadora: seu Zillo, pai do ex-jogador, havia morrido no dia 31 de março, no Rio de Janeiro, por complicações da mesma doença. O momento mais delicado da família carioca se tornou um ponto de virada na vida e carreira do agora treinador Rogério. Ele foi anunciado como técnico do 4 de Julho para a disputa do Piauiense e Série D em 2022.

– Eu estava mal nesse dia, estava intubado e foi duro quando eu despertei da intubação e soube da notícia. Antes de saber, eu sentia que as coisas não estavam boas, mas graças a Deus ele está bem. Tenho certeza absoluta que ele está descansando bem e rezando por todos os dele aqui embaixo – disse o treinador.

A Covid-19 se espalhou rapidamente pela família Corrêa e deixou cicatrizes. Rogério estava na Cabofriense. O time jogou no sábado e tinha uma reunião na terça-feira. Na segunda, a mãe do técnico ligou para avisá-lo que seu Zillo havia sido internado – ele ficou duas semanas no hospital por conta de problemas cardíaco e renal.

Após alta, Zillo ficou uma semana em casa e voltou a passar mal. Nesta nova internação do patriarca, um irmão do Rogério teve contato com o coronavírus e, então, todos foram contaminados, um a um. Mãe, esposa, filho, irmãos tiveram sintomas leves. Rogério teve complicações severas, segundo ele, e foi intubado.

ROGÉRIO CORRÊA COM COVID-19

– 1 mês internado
– 11 dias intubado
– Perdeu 26kg e deixou hospital sem andar

“A parte de ex-atleta pesou demais na recuperação, era o que eu gostava de fazer. Consegui recuperar muito bem. Estou com oito meses de alta, mas jogo futevôlei, futebol e faço minha vida normal. Recuperei meu peso todo, mas passei por maus bocados. Foi brabo o negócio”

— Rogerio Correa

Rogério Corrêa começou a carreira profissional no Bangu e, em 2002, chegou ao Vasco para viver um momento especial na carreira: na temporada seguinte, foi campeão carioca integrando o grupo cruza-maltino que tinha o goleiro Fábio, os meias Leo Lima e Petkovic e o atacante Souza.

A trajetória escrita em campo com o fã número 1 dentro de casa rendeu passagens por Botafogo, Ceará, Remo, Paysandu e uma temporada pelo Levadiakos, da Grécia.

– Meu pai é total fonte de inspiração. Toda essa parcela é para ele porque foi o cara que me incentivou demais. Nessa vida de futebol, a gente sabe que não é fácil. São muitas atribulações, muitos nãos que a gente recebe no futebol e na vida de uma forma geral, mas ele foi meu maior incentivador. E eu consegui. Ele ia a todo jogo meu, presente, assistindo na televisão ou viajava para ver o jogo. Ele já viajou com a torcida e era meu maior torcedor. Infelizmente não está mais aqui entre nós – concluiu.

Aposentadoria no futebol e melhor do mundo no fut7

Rogério Correa viu no society a chance de recomeçar uma nova carreira. Foi no fut7 que ele se tornou capitão da seleção brasileira e foi eleito o melhor jogador do mundo em 2013. Ele também foi técnico na modalidade.

Missão inédita no Nordeste pelo 4 de Julho

Rogério terá pela frente um estadual como portão de entrada no Nordeste, local onde ele nunca havia trabalhado como técnico – foi apenas auxiliar de Leston Junior no Moto Club.

Anunciado como novo treinador do 4 de Julho para a disputa do Campeonato Piauiense, Correa fará sua estreia pelo clube no dia 16 de janeiro, quando enfrentará o Flamengo-PI no fechamento da 1ª rodada do estadual.

Fonte: ge

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