O próximo movimento para a criação da liga é a análise, pelos presidentes de clubes, da proposta que será apresentada pela Codajas Sports Kapital, representada por Flavio Zveiter, Ricardo Fort e Lawrence Magrath. O trio já fez uma pré-proposta em que se comprometeu a investir 1 bilhão de dólares no projeto (cerca de R$ 5,7 bilhões): comprariam 25% da Liga e se vinculariam a ela por 75 anos. O dinheiro é de uma empresa dos Estados Unidos, a Advent International.
Entretanto, foi dado o prazo de 60 dias, que está prestes a expirar, para que a Codajas faça uma proposta definitiva. O planejamento da empresa é que a apresentação seja feita até o dia 15.
Representantes da companhia planejam visitar os dirigentes para explicar os detalhes da oferta pessoalmente. Dos 20 clubes da primeira divisão, 16 já assinaram o pré-acordo com a Codajas — que é não vinculante, ou seja, pode ser desfeito sem problemas. Apenas América-MG, Athletico-PR, Sport e Juventude não concordaram com a minuta da proposta inicial.
De acordo com uma pessoa ligada à elaboração da oferta, um banco foi contratado para calcular o real valor de mercado da liga. A Codajas acredita que o montante que a Advent está disposta a aplicar não chega a ser o suficiente para comprar 25% da nova organização. Além disso, o vínculo proposto está sendo reconsiderado e não deve ser mais de 75 anos, e sim mais curto.
Outro ponto que ainda é discutido pela Codajas é quanto cada clube irá receber. Já é certo que a quantia repassada a eles não será igualitária. Um ranking está sendo elaborado pela empresa, o qual leva em consideração diversos fatores, como o desempenho dos clubes no Campeonato Brasileiro, tanto na era dos pontos corridos quanto no mata-mata; o tamanho das torcidas; a capacidade dos clubes em levar esses fãs aos estádios; e o volume de vendas de pay per view.
A proposta da Codajas será estendida aos integrantes da Série B do Brasileirão. Ela ainda prevê uma fatia do valor para o fomento ao futebol feminino.
Apesar da Codajas estar mais avançada na negociação, ela não é a única empresa interessada em adquirir uma liga do Brasil. Há pelo menos outras três companhias, uma americana e duas britânicas, sendo uma delas com capital árabe, que consultaram e mantêm conversas com os dirigentes a fim de elaborar propostas.
Fonte: O Globo