Grupo político à frente do CRVG trabalha para retomar o controle do futebol, afirma colunista

Pedrinho no dia em que foi apresentado aos americanos da 777 Partners — Foto: Matheus Lima / Vasco

Quando avisei em dezembro do ano passado, antes mesmo de o presidente do Vasco, Pedro Paulo, tomar posse para seu mandato de três anos, que as narrativas da nova diretoria administrativa do clube não soavam bem para a cúpula da 777 Partners, gestora da Vasco SAF, houve quem não entendesse a mensagem e caísse na falsa impressão de relação harmoniosa. Pois, quatro meses depois, a guerra fria se descortina e o que se ouve nos bastidores de São Januário é que a judicialização antecipada neste espaço antes da virada do ano amadurece a cada dia.

Porque faz parte do projeto do grupo político encabeçado pelo advogado Alan Belaciano e o empresário Cristiano Campos retomar o controle do futebol, hoje em poder do grupo americano, que comprou 70% das ações da SAF do clube. E vem daí a escolha do nome do ídolo Pedrinho para ocupar a cadeira de presidente e do advogado Paulo Salomão, expert no direito esportivo, cível e empresarial, para a de primeiro vice. Figuras de prestígio em suas áreas, os dois trabalham para construir o caminho da retomada.

A notificação encaminhada à 777 pedindo garantias do pagamento de R$ 270 milhões que precisa ser efetuado em setembro é só mais um capítulo. Josh Wander, presidente do grupo americano, veio ao Brasil no final da semana passada com intenção de azeitar a relação com a atual diretoria. Mas foi embora com a sensação de que, neste aspecto, a vinda fora em vão. Caberá a Lúcio Barbosa, o diretor da SAF, saber conduzir o processo, conviver com o desconforto e construir pontes que facilitem a caminhada. Principalmente no aspecto esportivo.

Se o time de Ramón Díaz, que hoje enfrenta o RB Bragantino, em Bragança Paulista, caminhar na parte de cima da tabela da Série A do Brasileiro, as medidas em qualquer das esferas para a retomada do controle não serão bem vistas por uma torcida cansada de ver o clube envolvido em disputas internas pelo poder. No entanto, se o futebol gerido pela SAF patinar como nos últimos anos, a política do Vasco voltará a ocupar o noticiário com frentes de batalha sendo abertas entre prós e contras ao projeto político do grupo que controla o clube. Quem viver, verá…

Fonte: Blog Gilmar Ferreira – Extra

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