Após fim de ano ‘trágico’ fora e dentro de campo, Adilson quer Vasco forte

Se para todo torcedor vascaíno, acompanhar o fim do Campeonato Brasileiro se tornou um martírio, para o treinador Adilson Batista a trajetória da equipe nos últimos jogos foi ainda mais complicada. O técnico terminou o trabalho com a equipe – foram três vitórias, dois empates e duas derrotas em sete partidas – vivendo um drama pessoal: a mãe Hilda Slompo Batista adoeceu no fim de novembro e terminou falecendo uma semana após a queda do time em Joinville.

Apesar da pequena arrancada que conseguiu com a equipe vascaína, Adilson e sua equipe não impediram o segundo rebaixamento vascaíno em cinco anos. Frustrado ao fim da partida que ficou marcada pela violenta briga entre torcidas organizadas nas arquibancadas da Arena Joinville, ele foi direto para o hospital no interior do Paraná para visitar a mãe. Foi uma semana de sofrimento, que terminou com a morte da mulher de 68 anos. O treinador revelou que desde a partida contra o Náutico, penúltima da competição, já imaginava o triste desfecho da mãe.

– O final de ano não foi nada bom para mim. Gostaria de ter obtido a permanência, mas não foi possível, ainda aconteceu toda aquela violência, aquele jogo trágico e todas as coisas que a gente lamenta de ver no esporte e no país. Depois, ainda perdi minha mãe, que foi uma situação terrível. Saí do jogo e passei uma semana na UTI do hospital com ela, mas ela não resistiu – lembrou o treinador.

Adilson Batista treino Vasco (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)

Após poucos dias de descanso – e de absorção do sofrimento pessoal -, Adilson voltou a tocar a vida no Vasco com uma reunião no Rio de Janeiro antes do Natal e do réveillon. Com Ricardo Gomes, Ercolino de Luca e já em contato com Rodrigo Caetano, que viria depois a assumir o cargo na direção executiva, o técnico voltou para o Paraná com uma lista de atletas indicados, analisados e que seriam buscados pela diretoria.

– Estamos caminhando para fazer um time forte e competitivo. Caminhamos bem na montagem, conseguindo esboçar um setor importante (defesa). Vamos encorpando esse grupo com jogadores de potencial, com um grupo forte, porque senão for assim você não alcança os objetivos – disse Adilson Batista.
 
Novas oportunidades

Com sete novidades até agora, mais dois jogadores que retornam de empréstimo, como Fellipe Bastos e William Barbio, o treinador se prepara para fazer experiências na equipe. Ele promete levar em conta, num primeiro momento, o preparo físico dos atletas. Adilson chegou a sugerir, mesmo sabendo ser impossível, que o início de temporada permitisse cinco ao invés de três substituições por partida.

Em sete jogos, no fim do Brasileiro do ano passado, Adilson lembrou que não se permitiu fazer muitas experiências, devido à situação de emergência da equipe, pela necessidade de vencer e somar pontos. Mas agora, com mais calma, mas nem tanto, como alerta, o treinador – “daqui a alguns dias já tem jogo de campeonato que vale três pontos” – pretende observar melhor o grupo.

– Ano passado eu tinha muito espaço para ver outros jogadores, para fazer experiências, eu falei isso para vocês (jornalistas). Eu tinha pouco tempo, precisava ser mais objetivo, tomar cuidados e transferir (a responsabilidade) para alguns. Não seria justo agora não vê-los – disse o treinador, que foi questionado sobre o aproveitamento de Montoya nessa nova mentalidade.

– Ele e outros vão ter sua oportunidade e poderão mostrar seu devido valor.

Fonte: GloboEsporte.com
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