Valdiram se defende de acusações de furto e uso de drogas e lembra passagem pelo Vasco

O atacante Valdiram decidiu se defender. Em entrevista ao GloboEsporte.com, por telefone, o jogador garantiu que não teve recaída em relação às drogas e contesta a versão da diretoria do Comercial, que disse na última sexta-feira ter encontrado o jogador em “situação deplorável” após ter “furtado” o celular de um companheiro de clube. 
 
– Acusar é uma coisa, ter prova é outra. Vieram me buscar na minha casa para eu reforçar o Comercial. Falei com meu amigo: ‘Se lá for uma boa casa, não tem problema’. Fui campeão pelo Bonsucesso e estava bem no final do ano. Cheguei em dezembro e acertei com o Flavius (Flaubert, presidente do clube alagoano) para ficar em Viçosa por cinco meses e disputar o estadual. Oficialmente, ele confirmou a contratação, no papel, de todos os jogadores no dia 8 de janeiro – explicou Valdiram. 
 
O jogador disse ainda saber o motivo de ter sido acusado de cometer erros graves em Viçosa. 
 
– Passados os dias todinhos de trabalho, acabava o treino, e o clube não dava nem água para a gente beber. Um clube desse não tem condição de disputar o Campeonato Alagoano. Faltava água e jantar. Os jogadores reclamavam, mas nada mudava. Falei com o técnico, o Paulo Roberto, e ele ficava apenas rindo. O massagista do clube, o Casinha, chegou a tirar dinheiro do próprio bolso para comprar um garrafão de água. Pra piorar, na véspera do jogo do dia 10, contra o Coruripe, não tinha jantar para os jogadores. Insatisfeito, arrumei as minhas coisas e avisei que estava fora. A pressão em Viçosa ia ser grande em cima da diretoria, já que eu era o principal jogador do elenco, e o presidente deu essa versão de que usei drogas e estava alcoolizado. Mentira. Quero que prove. Ele tem foto minha na boca de fumo ou drogado? Não. Fez isso para se livrar da crítica da torcida – atacou. 
 
Valdiram também afirmou que é absurda a acusação de furto. 
 
– O Iphone está com o jogador. E como eles acharam esse celular na boca de fumo? Como souberam que vendi por R$ 50,00? Tudo invenção. Nunca fiz isso na minha vida. Liguei para o meu pai para me buscar porque tenho um nome e não ficaria num clube com as piores condições para um atleta. O goleiro Hudson e o Paulista também deixaram o Comercial antes por causa da falta de estrutura. 
 
O jogador disse ter cometido apenas um “deslize” no dia 11 de janeiro. 
 
– Já estava fora do clube e pequei no sábado por ter tomado uma cervejinha com minha namorada, a Marcilene. Mas isso foi no quarto. Já pedi perdão a Deus porque não era para beber nada, mas foi apenas uma cerveja. Não tenho nada com drogas há três anos. Já passei por vinte clubes e, desde 2011, todos podem dizer como foi bom meu comportamento. O presidente do Comercial quer acabar com a minha carreira, mas já falei com meu advogado e vai ter que provar. Além disso, quero receber os 25 dias que trabalhei no clube. Ainda tenho contrato com eles. 
 
Valdiram disse ter ainda uma forte ligação com o Vasco, clube que lhe deu projeção nacional em 2006. 
 
– Foi um período muito bonito da minha carreira. Fui artilheiro da Copa do Brasil e sou ídolo do Vasco até hoje. Muita gente lembra daquele gol na semifinal contra o Fluminense. Tenho muitos amigos lá e sou muito grato aos vascaínos pelo carinho. Sei que todos torcem por mim e não vou decepcioná-los. Hoje sou um homem de Deus. 
 
O atacante está em Canhotinho, interior de Pernambuco, e disse esperar propostas para dar continuidade à carreira. 
 
– Estou são e muito bem. Vinha treinando e, com 30 anos, posso jogar em qualquer lugar. Já tive muitos problemas na minha carreira, mas hoje garanto que não devo nada à Justiça. Tudo foi resolvido. Quero tocar a minha vida e já há o interesse de um clube de São Paulo. Estou aguardando contato, mas diante dessas acusações da diretoria do Comercial, não sei nem como isso vai ficar. 
 
Fonte: GloboEsporte.com
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