Quando jogador, Adilson Batista foi adversário de Juninho Pernambucano dentro das quatro linhas. Os dois nunca tiveram a chance de jogar no mesmo time. A primeira e única oportunidade dos dois trabalharem juntos surgiu no ano passado, quando Adilson assumiu o comando do Vasco e foi interrompida em 2014 com a aposentadoria do meia. Em entrevista ao “Arena SporTV”, o treinador lamentou não poder dar sequência a parceria com o camisa 8, mas garantiu entender os seus motivos para deixar o gramado.
– É difícil, eu vivenciei isso, um momento que a gente chora, fica triste, que a gente não quer, mas infelizmente o corpo não responde mais (…).O Juninho se lesionou no ano passado, se recuperou e fez a pré-temporada. Dentro dessa preparação e nos treinamentos, a gente sentia que ele queria jogar. É um ótimo profissional, tem uma carreira brilhante, um vencedor, mas sentiu que era o momento. Precisamos respeitar a decisão do atleta. É normal, vai chegar uma hora que vai precisar parar. Infelizmente aconteceu. No pouco tempo que a gente trabalhou juntos, eu tenho o maior respeito, admiração e carinho, foi um atleta exemplar e está dentro da história do Vasco.
Apesar dos 39 anos, Adilson garantiu que Juninho ainda poderia ser importante para o Vasco dentro das quatro linhas. O treinador lembrou que outros atletas conseguiram atuar com mais de 40 e brilharam nas suas equipes.
– Eu lembro do Valdo, Toninho Cerezo e do próprio agora Zé Roberto, com 40 anos. Esses atletas ajudam, são importantes no momento de cadenciar, de segurar e fazer a leitura do jogo. Só que ele está convivendo com uma dor e não suporta. Ele resolveu e nós temos que respeitar.
Juninho Pernambucano lesionou a coxa direita em um duelo contra o Santos, na reta final do último Campeonato Brasileiro. Com dificuldades para recuperar a forma física e ainda sentindo dor, o jogador decidiu deixar os gramados, apesar de ter renovado o contrato com o Vasco até o fim do Estadual.
Fonte: SPORTV