Inseguro após duas cirurgias, Rômulo sente saudades do Vasco de 2011

“Acreditar na oportunidade e mergulhar de cabeça”. Foi o que Rômulo fez em 2012, quando saiu do Vasco rumo ao Spartak Moscou, da Rússia, em uma transação boa para os dois lados, segundo ele. A ideia de ganhar visibilidade na Europa parecia atraente, como sonha todo jogador. O começo foi satisfatório: antes da transferência, chegou a ser convocado por Mano Menezes, técnico da seleção brasileira na época, e balançou as redes em um amistoso contra a Argentina – os hermanos venceram por 4 a 3 com uma atuação impecável de Messi, mas o gol marcou positivamente na carreira do brasileiro. Depois, disputou as Olimpíadas de Londres e fez contra a Coreia do Sul. Pelo clube russo, estreia com gol contra o Barcelona, em setembro, na Liga dos Campeões – o time do camisa 10 levou a melhor novamente.
Acontece que, no mesmo mês, uma infelicidade tirou o brasileiro dos gramados: ele rompeu os ligamentos do joelho. O que já era um drama, se intensificou por causa de uma primeira cirurgia mal sucedida, na Alemanha. Após a segunda operação, realizada na Itália, e trabalho firme de recuperação, Rômulo está pronto para voltar. O Campeonato Russo retorna no início de março. Um ano e cinco meses de inatividade, que deixaram o volante na sombra do futebol. Para voltar a aparecer, Rômulo sabe que o que precisa fazer: jogar. Mas a insegurança é forte.
– A primeira cirurgia foi mal sucedida. Eu sentia o joelho instável e a perna meio solta. Ia treinar ou jogar, e acontecia isso. Depois eu operei na Itália, e deu tudo certo. Eu sinto insegurança, mas aos poucos eu volto ao normal. É muito complicado, dá um medo de acontecer novamente. Mas vou melhorar, voltar a jogar agora e pegar condicionamento nos treinos e nos jogos – disse Rômulo em entrevista por telefone.
O medo de “não voltar a ser o mesmo” é recorrente nos jogadores e até na torcida. Um exemplo é Carlos Eduardo, do Flamengo. No caso dele, os países foram invertidos da situação de Rômulo. O meia estava no Hoffenheim, da Alemanha, onde se queixou de dores no joelho e apresentou um quadro de tendinite. Já no Rubin Kazan, da Rússia, ele fez uma cirurgia por indicação de médicos do Grêmio. O atraso no diagnóstico complicou a recuperação do jogador, que ficou sem conseguir ter uma boa sequência de jogos e treinos e até hoje é criticado por boa parte da torcida rubro-negra.
Fonte: Globo.com
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