Fechados com Adílson: técnico dá passo atrás, ouve vaias, mas úne o Vasco e vê evolução ‘aceitável’

Escorado pelos jogadores, técnico deixa campo no empate com o Bonsucesso
 

Adílson Batista não teve medo e deu um passo atrás mirando dois na frente. Ao receber Douglas como seu camisa 10, interrompeu o cronograma do planejamento técnico para remontar o time em função do meia. O Vasco oscilou, e o treinador já ouviu até gritos de burro.

 

Os jogadores podem ainda não executar de forma brilhante o que determina Adílson. Mas em São Januário todos compraram a ideia. A cena dos atletas o escorando na saída de campo após as vaias contra o Bonsucesso foi o retrato de um bom ambiente.

 

— Foi um comportamento de grupo que está entendendo, aceitando e procurando se ajudar. É gostoso. O ambiente está bom, saudável, de respeito e profissionalismo. Para ir atrás desse título tem que passar pelas adversidades. Vamos se fechar aqui dentro a gente — disse Adílson, ignorando os protestos.

 

O termo se fechar foi colocado em prática ontem, dia de treino secreto. Chance de cobranças mais firmes. As ideias de Adílson seguem claras. E a autocrítica é sincera quando ele avalia a equipe.

 

— É um time em formação, eu também estava conhecendo muita gente. Não acho justo julgar pelos 13, 14 jogos. Vi coisa boa e jogos que não foram bons. O revezamento não foi bom. Mas tem um padrão definido. Espero confirmar mantendo a regularidade — analisou.

 

Escalando a partir de agora o que tem de melhor, o técnico acredita que a evolução está dentro do previsto.

 

— O sistema começou de um jeito e chegou um dez diferenciado. Tem que mudar, nós mudamos, mas está definido. Estou satisfeito. É aceitável. Precisa de paciência, mas as coisas estão fluindo melhor que ano passado.

 

Ainda fazendo um raio-x da equipe a um mês do fim do Estadual, o comandante já tem o time titular, que só muda diante de necessidade e de quem pede passagem. Íntimo de seu elenco, Adílson já pode lavar roupa suja.

 

— O atleta já sabe que vai iniciar o jogo. Mas é importante ter privacidade. Para cobrar, falar firme. É normal lá fora. Aqui fiz pouco.

Aqui, estão todos fechados com Adílson Batista.


Fonte: Extra Online

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