Rodrigo Caetano não descarta volta de Felipe: 'É obrigação conversar'

 
O nome de Felipe paira por São Januário desde o fim do ano passado, mas pareceu perder força com a iminente contratação de Douglas para o mesmo setor. No entanto, o diretor executivo do Vasco, Rodrigo Caetano, não abre mão de pelo menos tentar a contratação do Maestro, de 36 anos. Ele elogiou o jogador e revelou que a possibilidade estará “na pauta em breve”. De forma curiosa, Caetano evita citar o Fluminense, ex-casa dos dois, e o trata apenas como “o outro clube”. 
 
– Eu, particularmente, gostaria muito (de contratar Felipe). Tive a oportunidade de trabalhar com Felipe no Vasco, depois no outro clube, sempre tive um excelente convívio, e ele demonstrou aqui e no outro clube que pode ajudar tanto dentro como fora de campo. Nós não conversamos sobre isso, muito provavelmente será pauta de discussão em breve, por conta de ele estar sem contrato. É nossa obrigação conversarmos a respeito, mas não posso dar uma resposta pois ainda não a tenho – afirmou, em entrevista ao programa Caldeirão Vascaíno, na Rádio Livre.
 
A questão do camisa 6, ídolo da torcida, é meramente salarial. Ele já manifestou seu interesse em jogar por mais uma temporada e considera o Vasco, onde foi formado, o lugar ideal para se aposentar, devido à ligação afetiva. A diretoria, porém, estabeleceu um piso salarial de R$ 150 mil em razão do rebaixamento para a Série B. Felipe ganhava R$ 300 mil nas Laranjeiras. A falta de propostas concretas neste nível pode pesar para uma redução e um desfecho positivo.
 
Pelo menos um time da elite nacional e outro do Catar, onde o meia se destacou por cinco anos, fizeram contato, mas a negociação não avançou. O America também sonhou em fazer um contato, mas foi rejeitado com veemência pelo craque com a frase “me respeita, c…” Ele justificou que foi apenas assistir a um treino em Edson Passos e rechaçou a polêmica.
 
A aposentadoria de Juninho é outro facilitador para um possível retorno de Felipe. Ambos tiveram atritos no relacionamento entre 2011 e 2012. O Reizinho atribuiu o problema, em entrevistas, a ciúmes e vaidade. Além disso, raramente eram escalados juntos pela idade avançada.
Atacante na mira e apoio a Adilson
 
Por outro lado, não é novidade que o ataque seja alvo da diretoria. Sem desespero, o Vasco procura um camisa 9 – número que, aliás, está vaga na relação fixa. É provável que este reforço só chegue à Colina para a Copa do Brasil e o Brasileiro, já que as inscrições para o Campeonato Carioca se encerram na semana que vem. O elenco dispõe de Edmílson, Thalles, William Barbio e Everton Costa, além da utilização mais adiantada de Montoya e Bernardo, pelas pontas. 
 
– Se tivermos uma definição favorável em relação ao Douglas, vamos focar no ataque. Claro que estaremos atentos em boas oportunidades no mercado. Esperamos definir a situação do meia de ligação e, posteriormente, iremos em busca de mais um atacante.
 
Em baixa com a torcida por recentes escolhas técnicas, Adilson Batista foi defendido por Rodrigo Caetano, que disse que a escolha por poupar parte dos titulares foi baseada em dados físicos. O técnico renovou por um ano, apesar de não ter conseguido salvar o Vasco da queda.
 
– Em relação ao Adilson, estou há 40 dias trabalhando com ele. Estamos satisfeitos, ele trabalha muito, é um estudioso. Sei que houve muitas cobranças em relação a escalação da equipe por conta do empate (com o Nova Iguaçu) que não esperávamos e não queríamos (…). O ideal é que não tenhamos nenhuma perda, vimos isso com o Adilson, Daniel Gonçalves(preparador físico), os fisiologistas, e uma perda poderia acarretar o afastamento de um atleta até o fim da Taça Guanabara – disse o executivo, lembrando o clássico contra o Flamengo, neste domingo.
 
Fonte: Globo.com

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